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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Dengue – Índice de breteau preocupa autoridades três-lagoenses

13/01/2014 11h42 – Atualizado em 13/01/2014 11h42

Com índice acima do preconizado setor de saúde pede apoio da população

O índice é pesquisado por meio do LIRAa – Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti – mapeamento que apontou 4% a mais no último levantamento ocorrido há dois meses

Nelson Roberto

A coordenação do Controle de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde está preocupada com o alto índice de breteau da cidade. Segundo o coordenador Benício Donizete da Silva, o preconizado pela OMS – Organização Mundial de Saúde é de 0,9%, mas em Três Lagoas está com 3,7%, “muito alto para os padrões da cidade e muito acima do tolerado pelas saúde”, disse Silva.
Ele explicou que em alguns bairros o índice chega a 30%, como o caso do Bairro Nossa Senhora das Graças, 20% no Santo André, 18,7% no Santa Terezinha, 17,2% na Vila Aro, 13,6% no Santa Rita e assim por diante. “Todos os bairros da cidade superaram o tolerado de 0,9%”.

O índice é pesquisado por meio do LIRAa – Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti – mapeamento que apontou 4% a mais no último levantamento ocorrido há dois meses. O LIRAa é feito no municípios com mais de 100 mil habitantes e com grande fluxo de turistas e de fronteira e identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação do município, além de permitir o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.

COMO É FEITO O LIRAa

O município é dividido em grupos de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450 imóveis. Os estratos com índices de infestação predial: inferiores a 1%: estão em condições satisfatórias – de 1% a 3,9%: estão em situação de alerta e superior a 4%: há risco de surto de dengue. Por isso, Três Lagoas está em alerta.

Mesmo com o alto índice nenhum caso foi registrado neste primeiros dias de janeiro de 2014. Apenas uma notificação de suspeita. O coordenador de educação e saúde da Secretaria de Saúde – Fernando Garcia de Brito informou que nenhum dos agentes de saúde (endemias) tiveram recesso de fim de ano para não parar o trabalho de rotina e prevenção contra o mosquito da dengue.

SURPREENDENTE NENHUM CASO

Fernando disse da importância da população para ajudar no controle ao mosquito aedes aegypti e que é o primeiro ano desde 2006 que não há nenhum caso registrado nos primeiros dias de janeiro. “É surpreendente, não há nenhum caso de transmissão nestes dias, principalmente devido a trabalho sério que estamos desenvolvendo na cidade”.

O coordenador de educação e saúde disse que o maior problema encontrado pelo agentes de endemias está nas residências onde acham recipientes que acumulam água e de todos os tipos, lixo, plástico, tampinhas, vasilha de água de animais, bandeja da geladeira, etc. “Os terrenos baldios representam 5% dos problemas e 95% está dentro dos quintais das casas”, disse.

É preciso a conscientização da população para que não suje tanto seus quintais e a própria comunidade. “Cidade limpa não é a que mais se varre e sim a que menos se suja”. É necessário uma parceria entre população, órgãos públicos e a imprensa para informar e até denunciar possíveis criadouros do mosquito. Para denunciar ligue – 67 – 3929 1036 ou 3929 4560. Para denunciar terrenos baldios é na Secretaria de Obras – 67 – 3929 1800.

É preciso que a população ajuda a manter a cidade mais limpa (Foto: Arquivo)

Fernando Brito e Benício Donizete preocupados com índice alto de infestação do mosquito transmissor da dengue (Foto: Nelson Roberto)

Dengue - Índice de breteau preocupa autoridades três-lagoenses

Os quintais são vistoriados criteriosamente pelos agentes de endemias (Foto: Perfil News)

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