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quinta-feira, 28 de março de 2024

Ligações perigosas

12/12/2017 07h03

Ligações perigosas

A candidatura ‘casada” de Ciro Gomes (PDT-CE) ao Planalto e de Odilon de Oliveira (PDT-MS) ao governo de MS, inclui alianças com partidos cujos políticos são investigados pela Operação Lava Jato. O prazo a que Ciro se impôs para viabilizar seu nome como candidato da esquerda na eleição de 2018 se esgotou há duas semanas. Depois de conversas com petistas, ele concluiu que não terá apoio de Lula. No entanto, interlocutores do PDT e do PT asseguram que ele e o ex-presidente estabeleceram um acordo: quem passar para o 2° turno apoia o outro.

Ficha suja

Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá, investigado no âmbito da Operação Lava Jato. O acordo com políticos “ficha suja” contradiz com a marca da campanha de Odilon de Oliveira que pretende enfrentar Reinaldo Azambuja (PSDB) em 2018 motivado por resultado de pesquisa que o aponta como um dos favoritos. “Quero executar projeto político sem corrupção. Aceito, sim, disputar o cargo de governador. Fazê-lo dentro de lei. Garanto dedicação integral para reconstrução ética e moral deste país”, alardeia o magistrado.

Taxa dupla

A Comissão de Serviços de Infraestrutura deve votar esta semana projeto que torna obrigatória a cobrança separada dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. O objetivo é evitar o pagamento por serviços que nem sempre são oferecidos. A ideia não agrada aos prefeitos sul-mato-grossenses. O presidente da Assomasul, Pedro Caravina (PSDB), por exemplo, foi até ao Procurador-Geral de Justiça do Estado, Paulo Passos, a quem pediu uma solução para o impasse envolvendo a suspensão da cobrança da taxa de lixo embutida na fatura de água.

Custos

O argumento de Caravina é que as prefeituras usam o dinheiro dessa receita para custear o transporte do lixo para aterros sanitários, muitas vezes distante e até em outras cidades, o que encarece ainda mais os gastos nesse setor. O MPE-MS quer que, se for o caso, a cobrança vinculada à fatura de água tenha autorização expressa do consumidor.

Sem estímulo

O que se discute no Senado é que a cobrança conjunta não estimula as concessionárias a investir na expansão e na qualidade das redes de coleta e nos sistemas de tratamento. O substitutivo do senador Flexa Riberto (PSDB-PA) exige o cálculo da tarifa em separado dos serviços, mas a cobrança poderá ser isolada ou conjunta. Ele acredita que, deste modo, fica preservado o objetivo maior do projeto, que é a indução ao tratamento das águas residuárias, evitando-se custos adicionais e dificuldades técnicas para possibilitar a cobrança de forma separada.

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