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terça-feira, 16 de abril de 2024

Revelações

15/01/2018 09h05

Revelações

Pelo que se desenha a campanha deste ano será de grandes revelações ao longo do horário eleitoral gratuito reservado aos partidos políticos em Mato Grosso do Sul. Até porque muitos fizeram por onde, contrariando as regras do jogo, a legislação e desrespeitando o eleitorado. Resta saber se boa parte dos acusados de desvio de dinheiro público e outros crimes vai terá coragem de se expor diante de um cenário bem contraditório de momento.

Cara dura

Ocorre que na classe política a leitura que se faz é que o agente público só está com “ficha suja” quando é condenado pela Justiça, o que lhe dá o direito de disputar cargos eletivos mesmo sendo investigados pela Política Federal ou acusados pelo Ministério Público. Como a lei realmente permite isso, resta esperar para assistir um dos horários eleitorais que prometem o maior tiro ao alto na história da política local.

Vitrine

Em maus lençóis mesmo está o ex-governador André Puccinelli (MDB) depois que a 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande aceitou mais uma denúncia contra ele e mais 12 pessoas, acusadas de cometer crimes de estelionato contra o patrimônio público. Os mesmos citados já tinham sido denunciados pela acusação de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Para analistas políticos, a decisão pode minar de vez a pré-candidatura do ex-governador no momento em que ele se articula para disputar à sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Gasparzinhos

Com os bens bloqueados pelo juiz David de Oliveira, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, os três últimos ex-prefeitos de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), Gilmar Olarte e Nelsinho Trad (PTB) fazem das tripas, coração por uma reviravolta. O magistrado determinou a indisponibilidade de bens em até R$ 16.089.933,42 deles. Agora, o jeito é reverter à ação civil de improbidade administrativa acusando-os de contratações de “funcionários fantasmas” e duplicidade de pagamento nos convênios com a Omep e Seleta, durante os anos de 2012 a 2016.

LRF

Os convênios com as entidades foram extintos em julho de 2017 quando os 3,5 mil terceirizados foram desligados da prefeitura. Segundo a decisão do juiz, os convênios deveriam priorizar ações de atenção e atendimento às crianças e aos adolescentes da Rede Municipal de Ensino, mas foram utilizados como “meio para a prática de clientelismo político, para se contratar servidores sem aprovação em concurso público e para burlar a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal)”.

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