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sábado, 12 de julho de 2025

Inflação fecha 2016 em 6,29%, dentro do limite máximo da meta do governo

11/01/2017 07h46

UOL Economia

A inflação oficial no Brasil fechou 2016 em 6,29%, dentro do limite máximo da meta do governo. O objetivo era manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.

Em 2015, a alta dos preços havia sido de 10,67%, a maior desde 2002.

No mês de dezembro, a alta de preços foi de 0,3%. O valor representa aceleração em relação ao mês anterior (0,18%), mas é o menor para o mês desde 2008.

Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Feijão carioca subiu 46%
Em um ano em que a produção agrícola brasileira ficou 12% abaixo da colhida em 2015, o consumidor passou a pagar 8,62% a mais pelos alimentos, que têm grande peso, de 25%, no índice.

Um dos produtos que mais subiram no ano foi o feijão, após problemas climáticos prejudicarem as lavouras. O tipo carioquinha, preferido na mesa dos brasileiros, subiu 46,39%. Já o mulatinho mais que dobrou de preço (+101,59%).

A banana também subiu bastante no ano passado, entre 29,46% e 41,12%, dependendo da variedade.

Ainda no grupo dos alimentos, leite e derivados foram destaque (+15,13%). A manteiga ficou 55,17% mais cara, o leite condensado, 53,95%, e o leite longa vida, 12,19%.

Por outro lado, a cebola (-36,5%), a batata-inglesa (-29,03%) e a cenoura (-20,47%) ficaram mais baratas no ano.

Inflação e juros
As previsões para a inflação ao longo de quase todo o ano estimavam que a inflação estouraria o limite máximo da meta pelo segundo ano seguido.

Mas, no final de 2016, tanto o governo quanto o mercado passaram a prever inflação dentro da tolerância da meta.

O resultado do ano passado abre espaço para mais cortes na taxa de juros.

A taxa básica de juros, a Selic, é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços. Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.

Com a disparada da inflação em 2015, o BC manteve os juros num patamar alto, de 14,25%. Em outubro do ano passado, o banco cortou a taxa pela primeira vez em quatro anos e, em novembro, reduziu os juros mais uma vez.

A taxa atual é de 13,75%, e o Copom (Comitê de Política Monetária) deve decidir ainda hoje se haverá mais um corte. Analistas preveem que o comitê reduzirá os juros em 0,5 ponto percentual, a 13,25%.

Inflação fecha 2016 em 6,29%, dentro do limite máximo da meta do governo

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