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quinta-feira, 28 de março de 2024

Senadores de MS dão “tiro no pé” ao votarem projeto contra a economia brasileira

25/08/2015 15h24 – Atualizado em 25/08/2015 15h24

Os senadores eleitos por Mato Grosso do Sul, Simone Tebet, Waldemir Moka e Delcídio do Amaral votaram contra a receita líquida de 56 setores econômicos e as consequências serão negativas para a população.

Patrícia Miranda

Os eleitores sul-mato-grossenses talvez não saibam ou não entenderam ainda o que foi a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 57/2015, no último dia 19 de agosto. Mas ele menciona a palavra corte. Será que isso é bom para algum lado? A resposta verídica é que o Estado de Mato Grosso do Sul saiu perdendo em 100%.

O Projeto de Lei trata-se do corte da desoneração na folha de pagamentos e aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia brasileira. Para que ele seja aprovado é necessária a votação no Senado Federal.

O pleito finalizou com 45 votos a favor e 27 contrários. Dentre os favoráveis estão os representantes no Estado no Senado, Delcídio do Amaral, Waldemir Moka e Simone Tebet, que decidiram pela aprovação desse aumento de impostos, é o que afirmou o artigo “Senadores de MS votaram a favor da alta de até 150% dos impostos sobre salários”, do advogado tributarista Roberto Oshiro. Material este divulgado pelo jornal Correio do Estado, nesta terça-feira (25), na página 2.
Para Oshiro, essa aprovação por parte dos senadores do MS provocará um aumento que será sentido em 150% nos impostos sobre os salários dos trabalhadores. “Empresas que hoje pagam alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita líquida do INSS passarão a pagar 2,5% e aquelas que pagam 2% passarão a contribuir com 4,5%”, explicou.

CONSEQUÊNCIAS

Diante do atual momento de crise em que muitas empresas passam por dificuldades financeiras, acrescentar mais valores econômicos pode ocasionar consequências negativas. Algumas afetaram a população sul-mato-grossense e bem como a brasileira. Com a aprovação do Projeto de Lei, o empresário não conseguirá realizar os pagamentos necessários e como resultado os postos de trabalhos serão reduzidos.

Com isso, vêm outros pontos desfavoráveis como o aumento de recursos públicos para seguro-desemprego e o Bolsa Família; a depressão e o estresse, pois o ex-funcionário adoecerá, acarretando em maiores gastos na saúde e talvez uma das piores influências seja na questão da criminalidade, que demandará mais recursos para a segurança pública.

“Elevação dos custos para contratação de mão de obra é apenas uma das consequências para os empresários. Todos estão preocupados em manter os empregos e esse não é o momento para criar ônus para sua manutenção, ao contrário do que pensam, os senadores, inclusive os três representantes de Mato Grosso do Sul, que votaram a favor do aumento de impostos”, informou Oshiro, no artigo.

VOTAÇÃO ÀS CEGAS

Para o advogado tributarista a ação dos senadores foi seguindo os interesses do partido, pois houve uma preocupação da classe empresarial através de cartas, ofícios, e-mails, postagens em redes sociais, além de uma conversa por parte de Oshiro com os Senadores. Não foi suficiente para que o resultado fosse contrário.

“O correto ajuste fiscal deveria, antes de tudo, realizar corte de gastos no custeio da máquina pública, reduzindo despesas como faz todo o povo brasileiro em época de crise. O governo deveria reduzir, por exemplo, o número de ministérios e os milhares de cargos comissionados, em vez de jogar a conta para a população pagar por meio do aumento de impostos”, complementou o advogado.

Senadores Delcídio do Amaral, Simone Tebet e Waldemir Moka. Eles votaram a favor da alta de até 150% dos impostos sobre salários. (Foto: Arquivo/Perfil News).

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