27.9 C
Três Lagoas
quinta-feira, 28 de março de 2024

Por discriminação e racismo, funcionárias de supermercado registram queixa contra cliente

18/05/2015 16h40 – Atualizado em 18/05/2015 16h40

O homem iniciou os insultos chamando a jovem de baiana e que, baiano deveria apanhar de berimbau e dormir na senzala.

Fábio Jorge

Mesmo havendo muitas campanhas de conscientização sobre igualdades e, a discriminação e o racismo se tornado crime perante a lei, em pleno século 21, muitas pessoas ainda sofrem o drama do preconceito.

No último sábado (16), duas jovens registraram um boletim de ocorrências contra um cliente do supermercado onde trabalham, após terem sido gravemente ofendidas pela sua cor de pele e pelo estado de origem.

Consta no boletim de ocorrências que, R.R, proprietário de um restaurante conceituado em Três Lagoas, após fazer suas compras no referido supermercado, se dirigiu ao caixa e entregou um cheque como forma de pagamento. Como é de praxe em qualquer estabelecimento comercial, R.P.S (25), funcionária do caixa, foi realizar a consulta do cheque, momento em que o cliente teria se exaltado e passou a ofender a trabalhadora. Segundo o depoimento da vítima, ele pegou o cheque de volta e disse que não era ladrão, pagando a compra em dinheiro.

Em seguida, iniciou os insultos chamando a jovem de baiana e que, baiano deveria apanhar de berimbau e dormir na senzala. A segunda ofensa foi dirigida também a V.A.S.C (20) que estava empacotando as compras do empresário. Ele ainda teria dito que lugar de “preto” era limpando o chão. Após a demonstração de racismo, o homem saiu do mercado.

As jovens envergonhadas foram incentivadas pelas pessoas que presenciaram o fato a representar queixa contra ele. O boletim de ocorrências foi registrado na DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) pelo crime de injúria.

O racismo em Três Lagoas ainda existe, embora, muitas vítimas não denunciem o fato às autoridades. (foto: Divulgação)

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.