18/07/2018 19h52

Acidente da Rodovia da Morte deixa uma criança morta e quatro pessoas gravemente feridas

Más condições da BR 262, somada a imprudência do condutor deixaram uma criança morta e outras quatro pessoas gravemente feridas

Gisele Berto

Um grave acidente ocorrido na tarde desta quarta-feira, 18, na BR-262, altura do km 77, no trecho entre Três Lagoas à Água Clara, por volta das 14h30, deixou uma criança morta e mais quatro pessoas gravemente feridas.

Segundo testemunhas, o Nissan Versa com placas, QAK- 8690, de Campo Grande vinha da Capital e se dirigia a Ribeirão Preto. O motorista do carro, o comerciante Chang Yung, 49 anos, perdeu o controle do veículo e colidiu com a lateral dianteira de um ônibus da Viação São Luiz, que seguia para Campo Grande.

MÁ CONSERVAÇÃO DA VIA

Não se sabe o que fez o motorista perder o controle do carro, mas as testemunhas ouvidas pelo Perfil News acreditam que as más condições da estrada em conjunto com a alta velocidade em que vinha o Versa ocasionaram a tragédia. Além disso, as testemunhas afirmam que a motorista do ônibus – que transportava 35 passageiros e preferiu não dar entrevista – não teve como evitar a tragédia. Ao contrário: manteve a calma, conseguiu evitar o tombamento do veículo, acalmou os passageiros e ajudou a socorrer os feridos.

No Nissan viajavam Chang, sua esposa Lin Hsiu Lun, e seus três filhos. Apesar da redação ter acesso ao nome das crianças, não divulgará suas identidades, nem iniciais, em respeito à família e à Lei 10.764/2003, artigo Art. 143 do Estatuto da Criança e do Adolescente. No momento do impacto, uma das crianças foi arremessada para fora do carro e ficou sentada na pista, consciente. Outra acabou morrendo no local. O motorista e a esposa ficaram presos entre as ferragens junto com outro filho. Todos foram encaminhados ao Hospital Auxiliadora. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal o estado de todos era grave.

CHOCADO

Um funcionário da Expresso Nepomuceno, Osmar Silva, chegou ao local pouco depois do acidente. À noite ainda ajudava a liberar o trânsito de caminhões que vinham da estrada secundária que sai exatamente no ponto de impacto. Ele ficou chocado com o que viu. “Já vi bastante coisa ruim trabalhando em estrada. Mas tudo o que mexe com criança é ainda pior”.

UMA HISTÓRIA DE VIDA NO BRASIL

Em matéria publicada em 2014, o jornal Campo Grande News traçou um perfil do casal de chineses que morava em Campo Grande e ensinava o idioma desconhecido aos brasileiros para “fazer amigos”.

Na reportagem, o comerciante afirma que tinha escolhido ser chamado de Geraldo para ficar mais fácil para os brasileiros entenderem. Sua esposa, Lin, escolheu ser chamada de Adriana.

Chang, ou Geraldo, está no Brasil já 22 anos. Para facilitar a socialização, os filhos também tinham dois registros: um com nomes em português e outro em Taiwan.

Atualizado em 19/7 às 9h15

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