30/09/2014 08h52 – Atualizado em 30/09/2014 08h52

Greve de bancários fecha agências em Três Lagoas

Em greve por conta de desacordo salarial, funcionários das onze agências bancárias da cidade cruzaram os braços; sindicalistas estão nas portas dos bancos colando adesivos, mas não atrapalham quem precisa fazer saque ou depósito

Léo Lima e Ricardo Ojeda

Cerca de 200 bancários de Três Lagoas cruzaram os braços desde à zero hora desta terça-feira (30), em adesão à greve nacional por conta de desacordo salarial com os patrões. Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários, Telma Canisso, são 11 agências bancárias em Três Lagoas, cujos funcionários aderiram à greve. “A categoria colocou como proposta 12,5% de reajuste, mas a Febraban [Federação Brasileira de Bancos] deu contra-proposta de 7,35%”, revelou a dirigente sindical, enquanto pregava indicativo de greve na porta do Banco do Brasil, na rua Paranaíba.

Desde o início da manhã de hoje, principalmente na área central da cidade, pessoal do sindicato faz movimentação em frente às agências, inclusive orientando os clientes. “Vim pegar um dinheirinho, antes que eu fique sem”, contou o aposentado Kobi Junqueira, depois que usou o caixa eletrônico da agência do Bradesco na avenida Antônio Trajano dos Santos. Junto com ele, outros clientes também se serviram dos caixas eletrônicos. “Todos sempre precisam de reajuste [salarial]”, disse o aposentado, “porque os bancos são os que mais ganham”.

Um rapaz que estava há algum tempo na porta da mesma agência, resolveu buscar apoio para seu problema junto aos sindicalistas, já que não conseguia sacar dinheiro no caixa eletrônico por conta de questões no cartão. O sindicalista, após ouvir as explicações do cliente, foi até a máquina para orientar o rapaz. “Não estamos querendo prejudicar os clientes, o que queremos é um reajuste salarial digno”, correspondeu Telma Canisso ao saber do episódio.

Conforme Telma, existem opções para aqueles que precisam fazer pagamento, como as lotéricas, ou mesmo a agência do Sicredi e do Banco do Povo. Quanto ao abastecimento dos caixas eletrônicos das agências paralisadas, ela observou que “eles [pessoal da diretoria] repõem dinheiro”.

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