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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Após reunião na Fibria, transtornos em frente ao Ciat estão com os dias contados

28/07/2016 21h14

Reunião entre sindicalistas, empresas e o Ciat ficou definido que as contratações das vagas de empregos, serão feitas diretamente nos escritórios das empresas, que caberá fazer a seleção e repassar informações ao Ciat e sindicatos

Ricardo Ojeda e Daniela Silis

Durante reunião realizada hoje (28) com a Fibria, o Ciat (Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador), dois sindicatos da categoria dos trabalhadores da construção civil e pesada, além das empresas contratadas pela Fibria para o projeto Horizonte 2 foi decidido que as contratações das vagas de empregos, serão feitas diretamente nos escritórios das empresas, que caberá fazer a seleção e repassar informações ao Ciat e sindicatos

A decisão foi tomada durante a reunião que durou cerca de 5 horas, sem intervalo, com início às 8h30 e terminando às 13h30. A tratativa foi realizada no auditório do Projeto Horizonte 2, da Fibria. O objetivo da reunião foi atender as reivindicações dos sindicatos, que estavam sendo pressionados por grupo de trabalhadores que, inclusive ameaçaram fazer um movimento na frente da entrada da Fibria.

Outro fator determinante para que o acordo ocorresse foi o transtorno dos desempregados vindos de várias regiões do País, que sem terem onde ficar dormiam nas calçadas nas proximidades da Casa do Trabalhador. A grande volume de desempregado impactava o atendimento do Ciat, chegando a causar confusão na entrada do órgão.

MAIS RESPONSABILIDADE

Agora, com o acordo, além de diminuir a concentração de trabalhadores em frente ao órgão, haverá mais tranquilidade para o atendimento de outros serviços. O que era função do Ciat, agora a responsabilidade ficará com as empresas, que terão que informar aos sindicatos o número de vagas de trabalho disponíveis e quantas vagas foram preenchidas. “Com isso vai dar mais transparência para a gente controlar essa situação”, afirmou o presidente do Sintiespav-MS (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil Pesada do Bolsão Sul-Mato-Grossense), Nivaldo da Silva Moreira.

ACORDO POSITIVO

De acordo com Fátima Montanha, gerente do Ciat o acordo foi amplamente positivo para todas as partes. Agora, a responsabilidade de selecionar as vagas será das empresas, que por sua vez informarão aos sindicatos da categoria, que vão fazer um acompanhamento. Ao Ciat caberá fazer o atendimento, como cadastro do trabalhador, seguro desemprego, etc. Montanha disse ainda que o órgão vai continuar atendendo as empresas, caso elas necessitem.

A gerente disse ainda que vai consultar seus superiores da Funtrab, para ver qual o posicionamento que o órgão vai tomar em relação aos dados de empregos que abastece a planilha do Caged. Isso não ficou decidido na reunião, pois dependo de autorização, disse Fátima. Ela disse ainda que com o acordo firmado espera o fim da fila e de trabalhadores que dormem nas calçadas.

DESEMPREGO

Na opinião do presidente do Sintiespav-MS, houve um grande avanço para o trabalhador, porém, mesmo assim, disse estar preocupado com a situação dos desempregados que chegam todos os dias à Três Lagoas de outras regiões do País em busca de uma vaga. Segundo ele, as estatísticas da Fibria mostram que a obra já concluiu 18 dos 30 meses programados.

“Faltam apenas 12 meses para ser concluída a obra de expansão da unidade da Fibria. Com isso, cerca de 5.500 trabalhadores de 8 mil que seriam contratados já estão no canteiro de obra. Então vão existir apenas 2.500 contratações, porém não se tem previsão para quando”, esclareceu o sindicalista. Nivaldo adiantou ainda que desse total, grande parte são de técnicos especializados que acompanham as empresas há anos. Hoje a empresa está trabalhando com cotação mínima. A preocupação do sindicalista é que não haverá vaga para atender todos que chegam à cidade.

A procura por vagas de empregos e para cadastra era tanta que a gerência do Ciat teve que pedir apoio da Polícia Militar para organizar a fila de atendimento (Foto: Ricardo Ojeda)

Trabalhadores desempregados vindos de várias regiões do Brasil causavam tumulto na porta do órgão que, algumas vezes teve que paralisar o atendimento por falta de segurança (Foto: Ricardo Ojeda)

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