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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Assassino confessa ter matado por que levou tapa na cara e tinha “medo” da vítima

22/10/2014 10h11 – Atualizado em 22/10/2014 10h11

O autor esteve em Três Lagoas, após ter fugido de Castilho, onde cometeu o crime; em depoimento, acompanhado pela mídia local, ele detalha os fatos

Léo Lima com Paparazzi News

O homem que estava refugiado em Aparecida do Taboado, após passar por Três Lagoas, por conta de um crime que cometeu no mês passado na cidade paulista de Castilho, foi preso e recambiado para Andradina onde foi ouvido e confessou ter assassinado a vítima porque lhe deu um tapa na cara e tinha “medo” que ela o matasse.

“Eu sai com destino a estrada do Junqueira, no meio do caminho dispensei a arma e a moto deixei na linha de ferro [férrea]; de lá em diante prossegui a pé pela linha férrea, chegando a Três Lagoas onde fiquei uns dias e depois fui para a cidade de Aparecida do Taboado”. Esse um trecho do depoimento de Leandro dos Santos Moraes, que está sendo investigado pela Polícia Civil de Castilho pela prática de homicídio contra Fabiano de Araujo Maia, assassinado no mês de setembro no bairro Laranjeiras, com tiros na cabeça

Ele foi transferido da cadeia de Aparecida do Taboado pelos investigadores Sergio e Danilo, e levado ao plantão policial de Andradina, onde os delegados Vinicius Barbosa Scolanzi e Rafael Sangaleto o interrogaram.

Segundo informações, o autor relatou com detalhes os motivos, discussões e o porquê de assassinar. Todo o depoimento foi acompanhado pela reportagem do Paparazzi News, com exclusividade.

ACOMPANHE

REPORTAGEM: O que você tem a falar sobre esse crime, como foi?

ACUSADO: Fui eu mesmo.

REPORTAGEM: Como é que foi o crime?

ACUSADO: Um amigo meu teria matado o irmão dele em anos anteriores, e um dia ele me viu conversando com esse meu amigo que acabara de sair da prisão, foi onde ele pegou raiva de mim, por eu andar com o cara.

Reportagem: Isso faz tempo? E depois disso como é que foi?

Acusado: Faz um pouco, eu sempre fiquei na minha, mas ele me ameaçava dizendo que iria me pegar se eu ficasse andando com esse meu amigo.

Reportagem: E com o seu amigo a vítima fez alguma coisa?

Acusado: Ele não fez nada não, apenas tinha raiva do meu amigo.

Reportagem: Ok e depois disso quando você decidiu matar o Fabiano?

Acusado: Foi passando o tempo, mas enquanto era apenas ameaça de boca, e não fazia nada estava tranquilo, mas aonde ele me via, ele tentava crescer até no campo de futebol nos estranhamos durante um jogo, onde eu era de outro time houve uma entrada, e ele se aproveitou da situação e foi para cima de mim, querendo brigar, foi que ele me desferiu um tapa na cara, mas eu não reagi apenas sai do campo e fui embora.

Reportagem: Houve outro encontro entre vocês?

Acusado: Sim na sexta-feira, dias antes do crime, nos encontramos próximo ao Centro Comunitário, onde ele me deu sinal de luz com o carro e eu parei, ali mesmo com minha moto ele me chamou e começamos a discutir e ele me ameaçou novamente.

Reportagem: Existiu alguma discussão por mulher?

Acusado: Sim, houve uma situação de uma moça que ele estava ficando com ela, e eu disse que ele merecia ser feliz, pois eu já tive algumas vezes com essa moça bem antes, foi ai que novamente já começou a ficar nervoso e usou mais isso para poder me provocar. No sábado discutimos de novo próximo da minha casa dizendo que iria me matar. No domingo, dia do crime, novamente nos encontramos, ele se encontrava de carro e me chamou quando olhei, ele sacou a arma, um revolver preto, aparentava ser um calibre 38, foi ai que sai correndo.

Reportagem: E depois dessa última discussão em que você afirma que a vitima teria sacado o revólver, para onde você foi?

Acusado: Fui para Nova Independência lá me encontrei com um desconhecido, e passei para ele que estava com a quantia de R$ 1,600 mil, preciso de uma moto e uma arma, foi ai que arrumei uma moto e o revolver calibre 38 municiado com 6 munições e vim para Castilho, por uma estrada de terra, parei a moto próximo do local e fui a pé ao encontro dele, chamei e quando ele saiu efetuei os disparos e ele caiu.

Reportagem: Por onde você foi embora, onde está a arma do crime e a moto usada na fuga?

Acusado: Eu sai com destino a estrada do Junqueira, no meio do caminho dispensei a arma e a moto deixei na linha de ferro, de lá em diante prossegui a pé pela linha férrea, chegando a Três Lagoas onde fiquei uns dias e depois fui para a cidade de Aparecida do Taboado (MS).

Reportagem: Aparecida do Taboado foi lá que te encontraram?

Acusado: Sim eu cheguei na cidade para ir na casa de um colega, estava de moto quando ela começou apresentar defeito e estacionei ela na praça, lá peguei outra moto para comprar um guaraná, quando cheguei perto de uma lanchonete os policiais me abordaram, e perguntaram se eu era foragido do homicídio, respondi que sim.

Reportagem: Você foi coagido a confessar esse crime?

Acusado: Não eu apenas declaro que nunca tive algum problema até ele me ver com esse meu amigo, ele foi levando para o lado pessoal, infelizmente eu matei por medo e hoje estou arrependido.
Após o término do depoimento, o autor confesso foi conduzido à cadeia pública de Andradina, onde deve aguardar vaga para um presídio na região, ficando a disposição da Justiça.

(*) Com Paparazzi News

Leandro Moraes, trazido de Aparecida do Taboado, chega à Delegacia de Polícia Civil de Andradina para prestar depoimento (Foto: Paparazzi News)

Policiais que foram buscar o assassino chegam à DP de Andradina com o preso (Foto: Paparazzi News)

Na DP de Andradina, Leandro Moraes fala sobre o assassinato (Foto: Paparazzi News)

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