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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Criação de empregos com carteira assinada cai em todo o país

21/08/2014 17h26 – Atualizado em 21/08/2014 17h26

Mato Grosso do Sul também sentiu a falta de maior volume de geração de empregos; em Três Lagoas, o quadro apresentou nova queda

Léo Lima com informações

O número de empregos formais criados no Brasil em julho chegou a 11.796, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTe). No mês passado, houve 1.746.797 admissões e 1.735.001 desligamentos. É a menor geração de empregos formais para o mês em 15 anos. Em julho de 1999, haviam sido criados 8.057 postos de trabalho. No acumulado de 2014, de janeiro a julho, houve aumento de 632.224 empregos com carteira assinada (1,56%).

Esse quadro revela a mesma situação enfrentada pelo mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul e, particularmente, em Três Lagoas onde, após período de desenvolvimento econômico, com a geração de milhares de empregos, agora amarga considerável queda nas contratações; em contrapartida (negativa), as demissões se avolumam no Município.

Segundo o MTe, sete dos oito setores da atividade econômica fecharam o mês passado com saldo positivo na geração de empregos. Os setores de serviços, com aumento de 11.894 vagas em relação a junho, agricultura (criação de mais 9.953 postos) e construção civil (3.013 empregos a mais) são os destaques. O setor de indústria de transformação registrou queda no nível de emprego, com menos 15.392 postos de trabalho.

PERSPECTIVAS

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, acredita que a geração de empregos no país voltará a crescer até o final de 2014. Segundo ele, a segunda metade do ano costuma registrar a criação de mais empregos com carteira assinada do que a primeira, impulsionada, por exemplo, pela contratação de mão de obra para o período de festas de fim de ano.

Manoel Dias reconheceu o recuo na geração de empregos, que já chegou a registrar mais de 203 mil vagas, em julho de 2008, mas demonstrou otimismo para sair do “fundo do poço”. A Copa do Mundo, segundo o ministro, contribuiu para os resultados. “A Copa afetou porque, na medida em que você reduz o número de dias trabalhados, você reduz o número de contratados”, disse.

NO ESTADO

De acordo com o Caged, o mês de julho de 2014 até que não apresentou resultado negativo, com as demissões superando as contratações. Mas, o quadro não é animador.

Segundo os dados, no mês passado foram admitidos no estado 24.824 trabalhadores e desligados 24.135, saldo de 689 postos com carteira assinada. Em 2013, o mesmo período apresentou a seguinte situação: 25.340 admissões contra 25.445 desligamentos, saldo negativo de – 105 postos.

De janeiro a julho deste ano, Mato Grosso do Sul contratou 178.188 trabalhadores e demitiu 170.593, dando um saldo de 7.595 postos de trabalho garantidos. No mesmo período do ano passado, os resultados foram melhores com a contratação de 183.271 trabalhadores e demissão de 167.570 – saldo de 15.701 postos.

TRÊS LAGOAS

O mercado de trabalho em Três Lagoas apresentou nova queda no mês de julho deste ano, ratificando a situação do mesmo período de 2013. No ano passado, foram admitidos 2.265 trabalhadores e desligados 2.330, revelando um saldo negativo de menos 65 postos de trabalho.

Já em julho do ano passado, a situação foi bem mais preocupante, com saldo negativo de menos 1.099 postos de trabalhos, devido à demissão de 3.227 trabalhadores contra a contratação de 2.128.

Mas, se a avaliação for em cima do acumulado nos primeiros sete meses, 2014 revelará quadro ainda mais preocupante. Enquanto em 2013, de janeiro a julho foram contratados 20.023 trabalhadores e demitidos 16.503 – dando saldo de 3.520 postos garantidos -, o mesmo período neste ano apresentou 16.108 admissões e 19.161 desligamentos, o que importa em menos 3.053 postos.

(*) Com Agência Brasil e Caged

Mercado de trabalho em MS e Três Lagoas segue o ritmo do quadro nacional: maior volume de demissões (Foto: Léo Lima/Perfil News)

Em todo o país, a geração de empregos amargou queda este mês em relação a períodos passados (Foto: Google)

Quadro do Caged demonstra a situação do mercado de trabalho em Três Lagoas em julho: mais demissões do que contratações (Foto: Divulgação)

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