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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Delcídio vai investir na prevenção em saúde, modernizar a educação e ampliar efetivo da segurança

14/07/2014 16h52 – Atualizado em 14/07/2014 16h52

O objetivo das ações é melhorar qualidade de vida em Mato Grosso do Sul

Da Redação

O candidato da coligação Mato Grosso do Sul com a Força de Todos, Delcídio do Amaral, concedeu nesta segunda-feira (14), entrevista ao programa Tribuna Livre, da rádio FM Capital, de Campo Grande, onde destacou os pontos principais do programa de governo que pretende implantar a partir de 2015. Ele defendeu a aplicação maciça de recursos em medicina preventiva e na implantação de centros de diagnóstico e tratamento regionalizados para desafogar a pressão sobre a rede de saúde da capital, a modernização do ensino através da informática e a ampliação do efetivo das polícias civil e militar, com investimentos também em tecnologia e inteligência, como forma de oferecer mais segurança a população.

Na conversa com os jornalistas Sérgio Cruz e Marcos Faria, Delcídio falou ainda da necessidade de se promover, cada vez mais, a diversificação da economia do estado, com a criação de polos de apoio as indústrias química, farmacêutica, da cana e de celulose no interior, e informática na capital, melhorar a infraestrutura para atrair novos investimentos e facilitar o escoamento da produção, e integrar os programas sociais com os de geração de emprego e renda, com objetivo de emancipar as famílias que ainda dependem de projetos como o Bolsa Família e o Vale Renda.

SAÚDE

No setor de saúde, a prioridade de Delcídio é investir em medicina preventiva e levar atendimento especializado aos municípios do interior.

“Vamos usar os espaços físicos das escolas para ampliar o atendimento básico à população com o programa “Tudo e todos na escola’’, que tem como principal objetivo aperfeiçoar a estrutura física já existente para atender a comunidade que vive no entorno das escolas. Queremos implementar em Mato Grosso do Sul uma medicina que integre vários esforços pensando no bem-estar do paciente, dando a possibilidade de acesso a serviços hoje oferecidos apenas na rede privada. É fundamental também investir na descentralização, dividindo a saúde em micro regiões (Ponta Porã, Naviraí, Nova Andradina, Coxim, Paranaíba, Aquidauana e Jardim) e macrorregiões (Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá). A proposta é a implantação de uma rede ambulatorial, com a criação de centros de referência regional de atenção especializada. Isso inclui atendimento de especialidades médicas, diagnóstico especializado, atenção à saúde da mulher, atendimento odontológico e a reabilitação de saúde do trabalhador. Temos que desafogar a capital e diminuir os custos com a vinda de pacientes para serem tratados aqui. Pretendemos criar leitos específicos em hospitais estratégicos e apoiar financeiramente as instituições filantrópicas que já atuam nessa área”, revelou Delcídio.

EDUCAÇÃO

Para melhorar a qualidade do ensino, o candidato da coligação Mato Grosso do Sul com a Força de Todos quer modernizar a infraestrutura física e instrumental das escolas e investir em informática.

“Queremos dotar a escola pública de lousas digitais e recursos audiovisuais, além de oferecer tablets ao maior número possível de alunos. Defendemos um ensino de excelência voltado para o futuro. Em conjunto com a Universidade Estadual (UEMS), vamos inserir na grade curricular cursos voltados para o empreendedorismo e para áreas estratégicas como a tecnologia da informação. Não podemos continuar formando pessoas para trabalhar em setores que já não oferecem tantas oportunidades de trabalho. Temos de ter jovens com ambição para criar seus próprios negócios. Isso é a tendência mundial. É preciso também ampliar o número de cursos de pós-graduação (mestrado, mestrado profissionalizante e doutorado) nas áreas estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do estado. Meu compromisso é promover a autonomia administrativa e financeira da UEMS e garantir a sustentabilidade da instituição, com o cumprimento da Lei que determina o repasse de 3% da arrecadação para a universidade”, disse.

SEGURANÇA PÚBLICA

Delcídio vai ampliar o efetivo das forças de segurança, melhorar as condições de trabalho dos policias e investir em tecnologia para garantir maior tranquilidade a quem vive em Mato Grosso do Sul.

“De acordo com a Lei Complementar nº 182, de dezembro do ano passado, o efetivo previsto para a Polícia Militar em 2014 é de 8.981 homens. Hoje nós temos 5.296, o que representa um déficit de 3.685 policiais militares. O mesmo ocorre com a polícia civil, onde o efetivo previsto é de 3.780 servidores, sendo que hoje o estado conta com 1.887. Temos que contratar mais policiais e aproximar a PM da população. Com esse objetivo, vou criar o Programa Segurança Comunitária Móvel para fixá-los nas comunidades. É importante estabelecer um vínculo da população do bairro com o policial. É assim que se age preventivamente. A população próxima do policial ajuda a identificar os focos de criminalidade e se sente mais segura. As unidades móveis, além de propiciar conforto aos policiais, podem ser remanejadas conforme a demanda”, explicou.

O candidato destacou a importância do investimento em tecnologia da informação para aperfeiçoar o combate à criminalidade.

“Precisamos de um estado que invista no uso da inteligência e na gestão da informação pública. Vamos implantar o videomonitoramento nos equipamentos públicos estaduais e criar um observatório junto às universidades para definir políticas públicas na área da segurança, com base no sistema de informação e pesquisa científica. Paralelamente, temos que melhorar as condições de trabalho dos policiais e promover a reestruturação física das delegacias e quartéis, além de adquirir novas viaturas, armamento e equipamentos modernos, com um sistema de gerenciamento integrado de dados”, ressaltou.

PARCERIA

Como governador, Delcídio vai fortalecer a parceria do estado com o governo federal para ampliar as ações de segurança.

“O governo do estado deve atuar como indutor, mediador e executor das ações do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) por meio de convênio com o governo federal. O Sisfron, desenvolvido pelo Exército, envolve radares, sistemas de comunicação e veículos aéreos não tripulados, e vai ajudar muito a nossa PM, a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Estadual, além de facilitar a atuação integrada dos órgãos de segurança com a Receita Federal, as próprias Forças Armadas e com os países vizinhos, para o fortalecimento da prevenção, do controle e da fiscalização na faixa de fronteira, o que vai contribuir para a redução de conflitos, homicídios, contrabandos, tráfico de drogas, descaminho e a violência. Vamos implantar também Delegacias de Atendimento à Mulher funcionando 24 horas por dia, além de Delegacias da Criança e do Adolescente, de acordo com as necessidades de cada região do estado, com ênfase nas demandas que desafiam os sistemas de atendimento nas cidades-polo”, observou o candidato.

ECONOMIA

Na entrevista ao Tribuna Livre, o candidato falou também sobre a necessidade de acelerar o processo de diversificação da economia do estado.

“Estamos elaborando um programa, chamado “Novas Vocações”, que será detalhado ao longo da campanha eleitoral e é focado no desenvolvimento econômico sustentável. Nós temos um estado forte na agropecuária, no comércio e nos serviços e precisamos fazer frente às novas demandas, principalmente buscando a diversificação econômica. Alguns números são importantes: no nosso PIB de 2010 o setor primário tinha 15% de participação, o setor secundário 22% e o setor terciário (comércio e serviços) 62%. Nós temos que investir em novos nichos da economia, como turismo, cultura, ciência e tecnologia, na agregação de valores às matrizes existentes e na implementação de uma política de f

omento e atração de investimentos através da concessão de incentivos fiscais”, informou.

O candidato completou dizendo “Vamos criar polos respeitando as vocações de cada região do nosso estado, entre eles um voltado para celulose, outro para a cana de açúcar, um para a indústria química e farmacêutica, um outro polo verde, voltado basicamente para o turismo e o meio ambiente, um polo de manejo de resíduos sólidos, um de beneficiamento de minério próximo a hidrovias e portos, que é o caso de Corumbá e Ladário, outros voltados para a suinocultura, o biogás, a cerâmica e os grãos, além de um polo digital em Campo Grande para desenvolver softwares, porque a nossa capital tem essa vocação. Portanto, a saída é a diversificação da nossa econômica, com inovação tecnológica e criação de polos segundo as vocações regionais. Vamos tratar com absoluta atenção também as cadeias produtivas da agricultura familiar, incentivando a piscicultura, a avicultura, a fruticultura e a produção leiteira, para criar novas perspectivas para quem vive no campo”, afirmou.

DÍVIDA

Perguntado sobre como pretende lidar com a questão da dívida do estado, Delcídio ressaltou que, da maneira como está, ela é impagável.

“Eu tenho trabalhado diariamente no Senado para diminuir essa dívida e o percentual de recolhimento caia de 15% para 9%. Não é possível a gente continuar do jeito que está. Há alguns anos, Mato Grosso do Sul devia R$ 2 bilhões e hoje, mesmo destinando uma parcela considerável da nossa arrecadação para amortizar esse valor, estamos devendo R$ 7 bilhões por causa dos juros. Ao mesmo tempo, temos que buscar outras alternativas. Quando eu presidia a CAE ( Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) fiz a proposta de vender a dívida do nosso estado para bancos privados em outras condições, considerando que o nosso vizinho Mato Grosso já fez isso e outros estados também já fizeram. Isso alonga a dívida e diminui os encargos”, explicou.

INFRAESTRUTURA

Delcídio defendeu a privatização das rodovias estaduais e detalhou propostas para melhorar a infraestrutura de Mato Grosso do Sul.

“O estado não tem dinheiro. Então essa iniciativa das concessões estaduais é viável e funciona. Mas nós precisamos investir na nossa logística não só de rodovias, mas também de ferrovias. Vamos retomar a antiga Noroeste, que talvez seja um dos investimentos com melhor taxa de retorno, dando competitividade no menor tempo possível aos produtos feitos aqui. Outra coisa é a questão da hidrovia do Rio Paraguai, extremamente viável. Nós vamos começar agora a dragagem para facilitar a navegação. Temos que promover também a integração com os países vizinhos, abrindo caminho para o Oceano Pacífico. Logística é fundamental . Temos que estimular as parcerias público-privadas, e, dependendo do assunto, leiloar as concessões, olhando a questão do modal ferroviário , hidroviário e também dos chamados portos secos. Estamos muito pobres ainda em investimentos nessa área, considerando que os portos secos podem ter um papel importante no desenvolvimento da nossa economia”, disse.

SOCIAL

Delcídio está propondo a integração dos programas sociais com as demais políticas governamentais para emancipar as famílias que ainda dependem dos benefícios do Bolsa Família e do Vale Renda.

“O último censo mostrou que 114 mil famílias estão em situação de extrema pobreza em Mato Grosso do Sul. Se o nosso estado tem 2 milhões e 400 mil habitantes, cerca de 10% da nossa população sofre com baixíssima renda Temos que investir em políticas públicas para os índios e os quilombolas, e tratar a questão da demarcação de terras como uma questão de estado e não como uma questão política. Vamos manter os programas sociais e, através do Programa Emancipar, integrar as políticas de assistência social com a geração de emprego e renda, de maneira que essas pessoas não precisem mais depender do estado para sobreviver e dando oportunidade para que outras famílias carentes possam ser beneficiadas . Planejo ações de assistência social compatíveis com o que o nosso estado representa não só na região Centro-Oeste, mas em todo o Brasil”, finalizou.

(*) Com informações de Assessoria de Imprensa

Delcídio concedeu entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital (Foto: Divulgação / AI)

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