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quinta-feira, 28 de março de 2024

Em coletiva “blindada”, Reinaldo e Alkmin argumentam que MS e SP são “estados irmãos”

18/10/2014 11h43 – Atualizado em 18/10/2014 11h43

Em coletiva “blindada”, Reinaldo e Alckmin argumentam que MS e SP são “estados irmãos”

Uma recepção calorosa, literalmente, visto que o aeroporto local não possui sistema de refrigeração do ar e sequer ventiladores, foi o que aconteceu ao governador reeleito de São Paulo, agora há pouco em Três Lagoas; a entrevista coletiva virou comício, com direito aos simpatizantes aplaudirem demoradamente, enquanto os jornalistas não tinham chance de muitas perguntas

Léo Lima e Ricardo Ojeda

Um evento marcado pela “blindagem” aos visitantes, o candidato a governador de MS Reinaldo Azambuja e o governador reeleito por São Paulo, Geraldo Alckimin, a recepção no aeroporto Plínio Alarcon, em Três Lagoas, nesta manhã (18), se transformou em comício e durante a suposta entrevista à imprensa, mais barreiras: poucas chances aos cerca de 30 jornalistas que cobriram o evento de fazerem perguntas e a pressa da assessoria em terminar a coletiva.

O evento também foi marcado pela indisposição, tanto de Reinaldo quanto de Alckimin, de esclarecer questões envolvendo a relação dos dois estados, como a possibilidade de Mato Grosso do Sul ficar sem o dinheiro do gás (SP quer que o ICMS do gás seja cobrado no estado consumidor, mesmo que a entrada ocorra por MS), e as ações que o governador paulista deu entrada no Supremo Tribunal Federal contra os incentivos fiscais que MS, através de redução de percentual de ICMS, oferece para a atração de empreendimentos que dêem suporte ao desenvolvimento industrial.

SELFIES

Antes da chegada de Alckimin, Reinaldo foi procurado pela reportagem do Perfil News e desviou o assunto, enquanto se abrigava entre beijos e abraços de pessoas que queriam “selfies” ou empunhavam bandeiras com sua figura. “É mentira do PT”, resumiu ele ao falar sobre a questão do gasoduto, não respondendo como deverá ser a relação de MS com SP, caso vença as eleições, e também aos incentivos, via redução de ICMS, para atrair indústrias.

COLETIVA

Alckmim respondeu evasivamente a três perguntas dos felizardos jornalistas que conseguiram questioná-lo na coletiva. Rodeados de câmera mens e fotógrafos (sem contar com os papagaios de pirata com seus celulares com câmeras) postados na parte da frente do grupo de jornalistas, os entrevistadores não tiveram acesso fácil para trabalhar.

Respondendo uma pergunta sobre as ações que SP entrou junto ao STF contra MS, Geraldo Alckimin se limitou a dizer que “São Paulo e Mato Grosso do Sul são estados irmãos; há várias ações entre estados porque é preciso uma grande reforma tributária que resolva este impasse. Cada governo defende seu Estado, mas muitos trabalham em conjunto. Nosso discurso é de união e desenvolvimento. Lembrou que São Paulo investiu na ponte que liga Panorama ao município de Brasilândia, dando exemplo de ação conjunta entre os estados.

Sobre o gasoduto, Geraldo Alckimin disse ser “fofoca política”, observando que foi no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso que a obra foi realizada. “Não queremos divisão entre brasileiros; chega de brigas. Somos homens de diálogo e juntos vamos crescer”, argumentou, concluindo que uma reforma política e tributária resolverá a questão do ICMS.

Ao repórter do Perfil News, quanto às questões das ações no STF, Alckmin foi ligeiro: “não entrei com ação alguma”.

Clique no link abaixo e veja a Tutela Antecipada ajuizada pelo estado de Mato Grosso do Sul perante o Supremo Tribunal Federal, contra o Estado de São Paulo


Respondendo uma pergunta sobre as ações que SP entrou junto ao STF contra MS, Geraldo Alckimin se limitou a dizer que “São Paulo e Mato Grosso do Sul são estados irmãos (Foto: Ricardo Ojeda)

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