Em Três Lagoas boteco comemora dois anos com costelada na rua

10/09/2016 12h47

Um uruguaio, há 15 anos em Três Lagoas conseguiu formar uma clientela cativa que aos sábados se reúnem no Botchesco, boteco que virou tradição do bairro Interlagos, pelo cardápio servido e pela forma de atendimento aos seus clientes

Ricardo Ojeda

Um local que virou ponto de encontro de um grupo de amigos de Três Lagoas completou dois anos de atividades. A confraria de amigos se reúne tradicionalmente aos sábados, uns começa a chegar por volta das 9 horas e aos poucos vai se avolumando até formar um grande grupo que varam a tarde de sábado tomando cerveja, estupidamente gelada, contando piadas, falando das atividades ocorrida durante a semana e fazendo planos de viagem nas férias.

Há sim! A comida servida, é carinhosamente preparada pelo dono do estabelecimento, que recebe todos, independentemente de cores ou saldo bancário, com extrema gentileza. Às vezes, alguém resolve atacar de cheff, preparando o rango do cardápio.

Outro detalhe que chama a atenção é que os integrantes do grupo só paga a cerveja que consome. Quanto ao lucro do dono do bar é feita uma caixinha no valor de R$ 10 para cada um e, é juntada em uma vasilha e entregue nas mãos do dono do boteco, que ao receber o faz com um sorriso de satisfação. O organizador da vaquinha, atende pelo nome de Charlão. Pensa num cara detalhista, as vezes chega a ser chato, – no bom sentido é claro.
A comida servida não é cobrada, por que cada final de semana um integrante do grupo fica responsável em fornecer os ingredientes.

No Dia da Independência, (7 de setembro), o local comemorou dois anos de atividades, e uma costela inteira foi assada no asfalto (na rua) ao modo pantaneiro. A iguaria chamou a atenção dos transeuntes e da vizinhança que tiraram fotos e, pasmem, fizeram até selfie. Chique não!

Nessa altura do texto todos devem estar indagando, mas onde fica isso? O boteco conhecido por Botchesco fica localizado no bairro Interlagos, na rua José Goulart Pereira, em Três Lagoas. O dono do bar é uma figura que atende pelo nome de Henry Ferreira Pintos, de 57 anos, carinhosamente alcunhado do Tchesco. Ele veio lá do Uruguai, da cidade de Salto, mas tem muito sangue da corriente Argentina nas veias.

Tchesco, já está em Três Lagoas há 15 anos e, como ele mesmo resume, veio para a Cidade das Águas pelo amor. Sua esposa trabalhava em Foz do Iguaçu e ele, quando saiu do Uruguai foi para Foz, trabalhar na usina Itaipu. Lá encontrou a mulher que tornou o grande amor da vida dele.
Após 20 anos em Foz do Iguaçu eles resolveram mudar-se para Três Lagoas onde estão há 15 anos. Há dois abriu o boteco, que em pouco tempo virou atração e principal point de um numeroso grupo de amigos.

“Na verdade eu não tinha ideia que meu boteco ia fazer sucesso. Mas graças aos amigos que fazem uma propaganda boa, de boca a boca, graças a Deus, tornou-se um local concorrido”.

Tchesco diz que seu boteco é uma espécie do Clube do Bolinha, aos sábados. As esposas dão um alvará de soltura de sábado, ao meio dia até sete, oito horas da noite e a gente fica aqui confraternizando, com uma cervejinha.

Quem venham mais aniversário do Botchesco!