10/01/2015 08h49 – Atualizado em 10/01/2015 08h49
Os administradores ouvidos pela reportagem durante a eleição da presidência da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) consideraram que pode haver dificuldades no cumprimento da medida
Costa Leste News
Prefeitos de Mato Grosso do Sul criticaram o que chamam de “cortesia com chapéu alheio” do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), que sancionou lei em 2013 que aumenta o salário dos professores estaduais em 25,42% e gera impacto de R$ 12 milhões nas contas do Estado, mas cuja aplicação ocorre apenas neste ano, quando já não está mais à frente do executivo estadual.
Os administradores ouvidos pela reportagem durante a eleição da presidência da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) consideraram que pode haver dificuldades no cumprimento da medida, já que o percentual é alto e afirmaram ainda que o reajuste causa um mal-estar entre os profissionais, em razão de os professores do município geralmente ganharem menos.
O prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka (PMDB) sustentou que, apesar de seu município já cumprir o piso, o impacto pode ser mais forte na administração de municípios menores, que não conseguiram, até o momento, pagar o salário base previsto em lei federal. “Até Campo Grande que é o maior município do Estado enfrenta problemas”, disse, relatando que “os municípios não são obrigados a seguir o Estado, mas os professores geram uma expectativa”, o que pode desmotivar parte dos profissionais.