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sexta-feira, 29 de março de 2024

Fibria abre as portas à imprensa e apresenta 1º viveiro automatizado de eucalipto do mundo

06/10/2017 14h34

Jornalistas conheceram todo o processo de fabricação de celulose, desde o plantio do eucalipto até o transporte da matéria-prima. Nova linha de produção custou R$ 7,345 bilhões

Lucas Gustavo

Jornalistas de vários veículos de comunicação do Brasil estiveram, durante todo o dia de ontem (5), em visita à Fibria – maior fábrica de celulose em linha única do mundo, em Três Lagoas -. A segunda unidade de produção da empresa, denomina Horizonte 2, entrou em operação no dia 23 de agosto, três semanas antes do programado. Essa foi a primeira vez, após a conclusão do novo complexo, que a imprensa teve acesso às instalações. A reportagem do Perfil News acompanhou o evento.

Os repórteres e fotógrafos foram recebidos pela assessoria de comunicação da empresa. Após café da manhã, houve entrevista coletiva com Júlio Cunha, diretor de Engenharia e Projetos da Fibria, Aires Galhardo, diretor Florestal, e Maurício Miranda, gerente geral da Projetos.

PRODUÇÃO ALAVANCADA

Conforme os executivos, agora, a fábrica tem capacidade de produzir 1,95 milhão de toneladas de celulose de eucalipto por ano. Esse volume é estimado para ser alcançado em 2020.

No Projeto Horizonte 2 foram aplicados R$ 7,345 bilhões – maior investimento privado do País, na época -. A obra originou cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos. O empreendimento também alavancou o PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul. A empresa ainda gera um excedente de 130 megawatts que, posteriormente, é vendido à Elektro. Hoje, as duas fábricas em operação contam com aproximadamente 3 mil postos de trabalho.

SEGURANÇA COMPROVADA

O Perfil News questionou Júlio Cunha a respeito de registro de acidentes durante os quase 30 meses de obra, considerando o alto número de operários e especialistas que trabalharam na edificação, montagem e equipagem da unidade.

Segundo o diretor, o índice de acidentes foi baixo e fez com que a Fibria se tornasse uma nova referência mundial no setor. ‘’Foram 6,38 acidentes reportáveis para cada milhão de horas-homem-trabalhadas (HHT), contra um índice médio de 7 acidentes para cada milhão de HTT nos Estados Unidos e de 17 na Finlândia’’, comparou Júlio.

Após a coletiva de imprensa, os jornalistas almoçaram no refeitório da empresa. Em seguida, houve um ‘tour’ pelo viveiro automatizado e à indústria. O grupo pôde conhecer, de perto, todos os processos de fabricação de celulose, desde o plantio, colheita, produção de cavacos, cozimento, branqueamento, secagem, embalagem e transporte, além da sala de comando.

Na oportunidade, os jornalistas também puderam ver o ‘pentatrem’ – ‘’composição com cinco carretas interligadas que permite ganho de 70% no volume de madeira transportada em relação aos caminhões tradicionais e redução de 20% no gasto de combustível por metro cúbico transportado, permitindo diminuir também o custo total de transporte de madeira em 20%. Até o mês de dezembro, 15 veículos já estarão operando na região de Três Lagoas (MS) e a expectativa é de 30 veículos em 2018. Esses veículos só circulam em estradas internas da Fibria, reduzindo o tráfego nas rodovias’’, informou a empresa.

Recentemente inaugurado pela Fibria, o primeiro viveiro automatizado de eucalipto do mundo tem capacidade para produzir 43 milhões de mudas por ano. Sua área é de 48 mil metros quadrados. Nela, de acordo com a empresa, existem 24 robôs que fazem a seleção, plantio, diagnóstico das mudas e até o embarque automático para o transporte. Todo o processo funciona por meio de inteligência artificial. ASSISTA AO VÍDEO

Com a automatização, conforme explicou Tomás Balistiero, gerente geral de Operações Florestais da Fibria, a produtividade se torna três vezes maior do que um viveiro comum. Também de acordo com ele, a qualidade das mudas produzidas pelo novo processo é melhor que a tradicional, e o custo de produção é de aproximadamente 25% menor.

Preocupada com a sustentabilidade, a empresa também inovou e em relação aos tubetes em que são plantadas as mudas de eucalipto. Eles são de papel biodegradável, e não mais de plástico. A tecnologia proporciona redução de resíduos, menor consumo de água e menor impacto ambiental.

(*) Colaborou: Ricardo Ojeda

Colaboradora da Fibria no viveiro de mudas de eucalipto. (Fotos: YGOR ANDRADE/PERFIL NEWS).

Fibria recebeu jornalistas das mais diversas partes do Brasil. (Fotos: YGOR ANDRADE/ PERFIL NEWS).

(Reprodução/Fibria)

(Reprodução/Fibria)

(Reprodução/Fibria)

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