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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Fibria instala ‘o coração’ da nova fábrica que deverá pulsar no final de 2017

27/09/2016 17h56

O presidente da Fibria e o CEO da Andritz vieram à Três Lagoas para acompanhar a instalação da peça-chave da fábrica que pesa 200 toneladas, onde foi utilizado um guindaste de capacidade para 800 toneladas para içar o balão da caldeira de recuperação

Ricardo Ojeda e Daniela Silis

Foto: Ricardo Ojeda, Daniela Silis e Patrícia Miranda

Com 54% do cronograma da obra do Projeto Horizonte 2 concluída, a Fibria comemorou, nesta terça-feira (27), uma das principais etapas do projeto: o içamento do “balão” da caldeira de recuperação, uma das peças mais pesadas do projeto, com aproximadamente 200 toneladas e importante do empreendimento. Se comparada a função dessa peça ao corpo humano, ela seria o coração que faz pulsar a fábrica.

Estiveram presentes no evento o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, diretores da empresa, autoridades do município, a imprensa regional e nacional, diretores de sindicatos e CEO da Andritz, Wolfgang Leitner, empresa austríaca responsável pelo fornecimento da caldeira de recuperação, entre outros equipamentos do Projeto Horizonte 2.

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A nova linha de produção da Fibria em Três Lagoas irá ampliar a capacidade de operação em 150%, que junta com a outra unidade terá uma capacidade de produção 3,25 milhões de toneladas de celulose/ano. Após a conclusão do projeto fará com que a empresa seja a mais competitiva mundialmente, com a produção de mais sete milhões de toneladas ao ano.

O presidente da Fibria ainda citou a possibilidade da implantação de mais uma fábrica no sítio de Três Lagoas, que poderá acontecer dentro de dois ciclos da colheita do eucalipto, cerca de 14 anos ou menos. A partir dessa terceira planta, a produção da empresa irá para 10 milhões de toneladas/ano, equivalente a 20% da produção mundial. “Mas, isso é projeto para o futuro”, reiterou Castelli.

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ECONOMIA

Devido a eficiência na condução do projeto, o investimento foi ajustado de US$ 2,5 bilhões, para, US$ 2,3 bilhões, apresentando uma economia de US$ 200 milhões, em relação ao valor calculado inicialmente. Isso deve-se à eficiência, produtividade e competência nas negociações realizadas pelos coordenadores do empreendimento com as empresas contratadas para a realização da obra.

Com mais da metade do empreendimento concluído, o projeto passa para uma fase mais técnica, que compreende as montagens de equipamentos, situação que haverá necessidade de mão de obra qualificada. A contratação deverá gerar de 8 a 10 mil trabalhadores, na fase que se considera o “pico da obra”, que deverá ocorrer em novembro ou dezembro.

Segundo o diretor de Engenharia e Projetos da Fibria, Júlio César Rodrigues da Cunha, os próximos 46% da obra não serão mais fáceis, nem mais difíceis, porém ver que 54% do cronograma foi concluído dentro do prazo é um marco muito importante, além de servir como incentivo. Por sua vez, o presidente, Marcelo Castelli afirmou que o Horizonte 2 representa um marco na história pelo tamanho e a capacidade.

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PROJETO PIONEIRO

A tecnologia implantada no viveiro do Projeto Horizonte 2, que ficará pronto no final de março do ano que vem, é pioneira no mundo. O processo será mecanizado, além de sustentável. Os copos biodegradáveis que serão utilizados se decompõem rapidamente, economizando água, pois não é necessário lavar após o uso para ser reutilizado, e sustentável, devido ao material utilizado.

CORAÇÃO DA FÁBRICA

A caldeira de recuperação é considerada o coração da fábrica de celulose. Ela possui a função de recuperar químicos utilizados no processo de produção e gerar vapor, que é transformado em eletricidade. O “balão” ou “tubulão da caldeira” é responsável por concentrar todo o vapor gerado na caldeira de recuperação e encaminhá-lo ao processo de geração de energia elétrica da unidade.

Toda a energia consumida na Fibria é gerada na própria fábrica, por meio de biomassas provenientes de cascas do eucalipto e biomassa líquida resultante do processo industrial. A nova unidade da Fibria, além de gerar e consumir a própria energia, passará a ter um excedente adicional de 130 MWH, que será fornecido ao sistema elétrico nacional.

Com toda a estrutura metálica finalizada e o “balão”, – que pesa 200 toneladas – instalado, inicia-se agora a fase da montagem dos equipamentos internos da caldeira, como dutos, fornalhas e lavador de gases. Esse processo depois do projeto construído é que fará a fábrica pulsar, que ocorrerá no último trimestre de 2017.

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CONHEÇA A FIBRIA

Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos oriundos da floresta. Com capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, a companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso.

Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que terá uma nova linha com capacidade produtiva de 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano. A previsão é que a nova fábrica comece a operação no quarto trimestre de 2017. A companhia possui 967 mil hectares de florestas, sendo 563 mil hectares de florestas plantadas e 343 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental. A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países.

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Observados por diretores da Andritz e pelo diretor de Engenharia e Projetos da Fibria, Júlio César Rodrigues da Cunha, Marcelo Castelli, presidente da Fibria participa de coletiva à imprensa (Foto: Patrícia Miranda)

A caldeira de recuperação, que pesa 200 toneladas foi içada a uma altura de mais de 80 metros, sendo necessário o emprego de um guindaste com capacidade para 800 toneladas (Foto: Daniela Sillis)

Para ter uma noção do tamanho do guindaste, observe as rodas do contrapeso, comparando com as pessoas que aparecem na imagem (Foto: Ricardo Ojeda)

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