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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Imagens de Maisinha, morta há mais de 1 ano, são usadas em perfis falsos no Facebook

24/06/2016 17h20

Imagens de Maisinha, morta há mais de 1 ano, são usadas em perfis falsos no Facebook

Várias páginas foram encontradas na rede social com perfis falsos usando a imagem da adolescente que foi morte em assalto em dezembro de 2014. A família está revoltada com a situação

Daniela Silis

Maria Clara Torres, Izadora Pinto e Yasmin Silva. São esses os três nomes que aparecem em perfis do Facebook que levam a foto da mesma pessoa: Maísa Martins, ou Maisinha, a adolescente que foi assassinada aos 12 anos durante um assalto, em dezembro de 2014. Os três perfis foram encontrados pela família de Maisinha, que mantém ativa a página da adolescente no Facebook.

Por meio de uma postagem, a mãe da adolescente, Suzana Martins, fez um apelo para que as pessoas respeitem a imagem da filha. “[…] minha filha está no céu brilhando como uma estrelinha”, diz uma parte da publicação.

SAUDADE

Em relato ao Perfil News, a mãe diz que mantém a página da menina na rede social por saudade. “Eu não queria que as pessoas usassem a imagem da minha filha. Acho que isso é uma falta de respeito, sem noção, sem coração. É difícil”, afirmou Suzana.

Desde que fez a publicação, já foram registrados 59 compartilhamentos de pessoas que apoiam Suzana. Ela também disse que, após o acontecido, pretende excluir a página de Maisinha do Facebook. “Isso [os perfis falsos] traz um sofrimento novamente para a família, pois mexe com a imagem”, proferiu.

Abaixo na galeria os print com os perfis falsos que meliantes estão usando da adolescente

CRIME

Conforme o advogado, Marcio de Oliveira, o caso se enquadra no crime de vilipêndio a cadáver, que é quando há desrespeito ao corpo ou a imagens de alguém que já morreu, além de possuir cunho indenizatório para a família, pois estão repassando aquela dor.

“O crime de vilipêndio a cadáver se estende também à memória do falecido. Então se você pegar a imagem da pessoa que já estava morta e usar para outros fins é evidente que aquela pessoa não pode ser a autora dos danos morais, mas os familiares que estão repassando aquela dor podem sim”, afirmou o advogado.

ENTENDA O CASO

No dia 5 de dezembro de 2014 um assalto mudou a vida de uma família três-lagoense. Ao reconhecer um dos assaltantes, um adolescente de 16 anos que teria estudado na mesma escola que ela, Maísa foi assassinada com um tiro na altura de seu pescoço em frente à sua casa.

Os dois assaltantes abordaram o avô da adolescente para roubar um relógio, o motivo seria para pagar uma dívida. Após ser reconhecido por Maisinha, um dos assaltantes, que estava armado, atirou, acertando-a na altura do pescoço. Maísa não resistiu e morreu ao dar entrada no hospital.

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