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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Mãe de rapaz baleado pelo irmão diz que pivô foi a mulher do autor

21/10/2014 03h10 – Atualizado em 21/10/2014 03h10

Ela afirma que história de vídeo com cenas íntimas não existe e que a companheira do filho agressor provocava e se insinuava, transitando só de toalha cobrindo o corpo pela casa.

Léo Lima e Ricardo Ojeda

Uma semana após o episódio trágico envolvendo dois irmãos, a mãe dos rapazes fala com exclusividade ao Perfil News, dando sua versão sobre os fatos, apontando como co-responsável a companheira do filho agressor por tudo que aconteceu no final da tarde do dia 12 passado, em uma residência na rua Yamaguti Kankit, bairro Santos Dumont, em Três Lagoas. Na ocasião, um rapaz de 24 anos efetuou vários disparos contra seu irmão, de 26 anos, acertando quatro tiros, dois deles atingindo seriamente a vítima na barriga, e outros dois na virilha.

Conforme registros policiais, a namorada do autor dos disparos teria contado que o irmão de seu companheiro teria instalado câmera no quarto do casal para filmar momentos íntimos, na véspera do fato. E a mídia só deu a versão da namorada do agressor. “Não é verdade; isso não existe [gravação de cenas íntimas do casal].

O que aconteceu foi que em uma ocasião, há um ano, meu filho filmou com o celular ela saindo do banheiro enrolada em uma toalha; ela costumava fazer isso”, afirmou a servidora pública Rosane Ballerini, mãe dos envolvidos.

Segundo Rosane, que no dia do crime não se encontrava em casa, pois estava de férias na Bahia, “Patrícia”, que morava com o namorado na casa da sogra, tem participação no que aconteceu, “porque se ela quisesse teria evitado e meu filho não teria feito o que fez contra o irmão mais velho”.

Mãe de três filhos, dentre eles uma moça, Rosane lembra que desde o começo do relacionamento do autor com a namorada foi contra devido ao comportamento da nora. “Minha filha também não concordava com a situação, pois muitas vezes a via saindo do banheiro, de toalha ou com trajes íntimos e indo para o quarto.

Em uma ocasião o meu filho, olhando o computador do outro [vítima] encontrou o vídeo da toalha e daí começou a animosidade entre os dois”, revelou a mãe.

Ainda conforme Rosane, ao saber que o irmão ficou desgostoso com o que viu no celular, o outro arrependido e se sentindo isolado, buscou se afastar, deixando o convívio da família preferindo morar só em outra casa. Pediu desculpas ao irmão pela brincadeira de mal gosto. “Ele só vinha no final de semana para lavar roupas na máquina”, colocou a mãe, acrescentando que “no sábado [antes do crime], Gustavo foi mais uma vez em casa para lavar suas roupas e como não tinha secado direito resolveu deixar para pegar no outro dia.

No domingo, ao chegar na casa viu que um dos portões estava trancado e que a chave não abria. Ele ligou para mim relatando isso e eu liguei para o Augusto para abrir. Seis minutos depois, meu filho [Gustavo]me ligou novamente dizendo que estava baleado”.

“Me desesperei”, conta a mãe com os olhos marejados, “e voltei na mesma noite para casa”.

CENA PREPARADA

Outro fator que Rosane não deixa escapar é referente à namorada do filho agressor. Segundo ela, logo depois que o filho foi baleado, “Patrícia” teria culpado Gustavo pelo fato, inclusive não acionando socorro para a vítima. “Foi Gustavo quem chamou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mesmo caído”, assegurou Rosane, dizendo ainda que “Patrícia mesmo vendo a vítima baleada teria dito:

“Bem feito para você! Mereceu esses tiros! Ninguém mandou você vir na casa da sua mãe usar a luz que seu irmão paga para lavar suas roupas” e virou as costas e se trancou no quarto, sendo que para o socorro da vítima o SAMU passou pelo endereço três vezes, tendo Gustavo que ligar novamente e dizer que o portão estava fechado para ser localizado pela polícia e SAMU. Após o ocorrido disse ainda, à mãe dos irmãos, que tinha conhecimento que Augusto teria adquirido uma arma de fogo, contrariando uma exigência da mãe de que jamais entraria uma arma na casa da família.

Rosane disse ainda que a equipe do SAMU demorou para atender Gustavo, “porque ela (Patrícia) fechou o portão para que não localizassem fácil a vítima caída dentro da casa”.

Enquanto cuida do filho baleado no hospital municipal, Rosane pensa no outro: “estou com o coração doendo muito, pelo filho doente e pelo meu companheiro, meu filho caçula; meu coração está dividido”. Ela afirma que a justiça de Deus e dos homens deve decidir o que tem que acontecer, com relação ao julgamento do caso.


No apartamento do hospital, ainda muito abalada, a servidora pública Rosane Ballerini, mãe dos envolvidos falou com exclusividade ao Perfil News contanto a sua versão dos fatos (Fotos: Léo Lima)

Mãe de rapaz baleado pelo irmão diz que pivô foi a mulher do autor

De acordo com a versão da mãe dos envolvidos, a namorada do agressor teria trancado o portão para dificultar a chegada do atendimento do SAMU que foi acionado pela vítima através de celular (Foto: Marco Campos)

A vítima mesmo baleado com quatro tiros ainda encontrou forças para acionar o socorro e ligar para a mão que estava em férias na Bahia (Foto: Marco Campos)

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