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Marcos Trad também teve celular clonado e golpistas conseguiram R$ 11 mil

17/07/2018 15h29

Marcos Trad também teve celular clonado e golpistas conseguiram R$ 11 mil

Dos contatos do prefeito, oito fizeram depósitos de R$ 500 a R$ 1 mil

Redação

Prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) também foi vítima de grupo que clonava número de telefone para aplicar golpes por meio do aplicativo WhatsApp, de troca instantânea de mensagens. O chefe do Executivo municipal foi usado por agentes criminosos para depósitos de R$ 11 mil de amigos, familiares e colegas do prefeito. “Mais de oito pessoas depositaram e os valores eram de R$ 500 a R$ 1 mil”, lembrou Marcos Trad.

O número de telefone do prefeito foi clonado nos primeiros meses de 2018, assim como aconteceu com o ministro da Secretária de Governo, Carlos Marun e ele acabou perdendo o contato de todos os números de telefones que estavam cadastrados naquele chip. “Fui até a delegacia, mas nunca mais me deram retorno. Ficaram de investigar o caso”, afirmou o prefeito.

No dia em que aconteceu a clonagem, Marcos Trad lembrou que “do nada” o celular saiu de área e ficava aguardando rede. “Eles mandavam mensagens para pessoas mais próximas e como eles tinham acesso a toda a minha agenda, usavam a mesma linguagem que eu, os mesmos adjetivos para meus contatos não desconfiarem”.

Os criminosos pediam para que as pessoas do contato do prefeito depositassem em contas de vários lugares do País, como Amazonas e Ceará. “Eles usavam o argumento de que o banco já tinha fechado e que não tinha como sacar dinheiro, mas que era necessário depositar para algumas pessoas e então mandavam as contas”, explicou o prefeito.

Os criminosos costumavam pedir os valores no fim do expediente bancário e sempre as sextas-feiras, para que não fosse possível retornar nas agências no outro dia.

OPERAÇÃO

Na manhã desta terça-feira (17) a Polícia Federal prendeu dois homens suspeitos de participação na clonagem de telefones celulares para aplicar golpes financeiros. Além do prefeito e do ministro Marun, o ministro de Governo da Casa Civil Eliseu Padilha e Osmar Terra (Desenvolvimento Social), também foram alvos da quadrilha.

Semelhante ao acontecido com Marcos Trad, em março, pessoas que estavam na lista de contatos dos ministros passaram a receber mensagens, supostamente escritas por eles, para pedir depósitos de dinheiro numa conta bancária do Banco do Brasil em São Luís, no Maranhão. Ao saber do golpe, os ministros trocaram de telefone e o BB bloqueou a conta.

A PF considera foragido um terceiro suspeito. A operação policial cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e Maranhão autorizados pela 15ª Vara Federal do Distrito Federal na Operação Swindle, que significa fraude em inglês.

Segundo a PF, o grupo “abria contas bancárias falsas e utilizava contas ‘emprestadas’ por partícipes para receber valores provenientes das fraudes aplicadas em razão do desvio dos terminais telefônicos, em que os agentes criminosos se ‘apossavam’ das contas de Whatsapp de autoridades públicas e, fazendo-se passar por estas, solicitavam transferências bancárias das pessoas constantes de suas listas de contato”.

Segundo a PF, são investigados os crimes de invasão de dispositivo informático, estelionato e associação criminosa.

(*) Correio do Estado

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