05/11/2014 16h30 – Atualizado em 05/11/2014 16h30
A reunião foi solicitada por representantes das entidades ligadas aos trabalhadores e patrões do setor comercial, por conta dos prejuízos sofridos pelos “apagões” recentes
Léo Lima
O promotor de Justiça Antônio Carlos Garcia de Oliveira, em atendimento à solicitação dos presidentes dos sindicatos dos Trabalhadores e Patronal do setor comercial de Três Lagoas, convocou uma reunião com representantes da concessionária Elektro, empresa que abastece Três Lagoas e mais quatro cidades de Mato Grosso do Sul com energia elétrica, para que explicassem os cortes de fornecimento ocorrido recentemente.
Tal fato, conforme os reclamantes, prejudicou os consumidores, em especial o comércio, onde a falta de energia elétrica não permitiu que, principalmente, as pessoas que usam cartões de crédito pudessem efetuar o pagamento das compras.
“Os trabalhadores perderam de vender e de ganhar comissões”, colocou Eurides Silveira de Freitas, presidente dos Comerciários. “O cliente não teve como passar o cartão e os empresários perderam o faturamento”, emendou Sueide Silva Torres, da entidade patronal.
Conforme os sindicalistas, exemplo recente de “apagão” momentâneo foi registrado no último domingo (02), quando a cidade ficou pelo menos quatro horas sem energia elétrica. “Um prejuízo só”, resumiu Eurides.
O evento contou ainda com a participação do presidente do Rotary Clube de Três Lagoas, Djair Martinez.
PROVIDÊNCIAS
Presentes na reunião, realizada na manhã desta quarta-feira (05), na Promotoria de Justiça em Três Lagoas, o supervisor de Distribuição da Elektro, Cleber Oliveira, acompanhado do advogado da empresa, Paulo André Mulato, ouviram as reclamações e afirmaram que a concessionária está com projeto de melhorias na estrutura da rede de energia. Mas, para isso, depende da coleta de informações sobre a carga de consumo.
Para tanto, pretendem uma campanha de conscientização junto aos consumidores para que forneçam com exatidão a demanda. “Temos que saber se um consumidor, além do básico em termos de consumo (bicos de luz, aparelhos eletreletrônicos ligados, etc), atualmente, tem outra fonte; um micro-ondas novo que tenha comprado, por exemplo, já é outra demanda de carga”, colocou Cleber Oliveira.
A partir disso, então, a concessionária, segundo os representantes da Elektro, vão poder medir a demanda e saber quais os equipamentos a serem trocados ou se a rede tem que ser ampliada.
De acordo com o advogado Paulo Mulato, a queda de energia no domingo passado foi devido a uma pane no sistema nacional causada pelo excesso de consumo, com recorde de demanda. “Podem ter certeza que a Elektro, como qualquer outra empresa que distribui energia elétrica não quer que tal fato aconteça [queda, apagão], pois estará deixando de ter faturamento devido ao não fornecimento de energia”, observou Mulato.
Conforme ele, naquele dia o clima era de muito calor e o consumo foi excessivo, com os consumidores usando todos os ares-condicionados e outros aparelhos ao mesmo tempo.
CAMPANHA
Uma nova reunião vai ser marcada entre os representantes da concessionária, empresários e consumidores em geral, com data e local ainda a serem definidos, para que as explicações possam ser levadas para um maior número de clientes da Elektro. Isto foi tirado do evento desta manhã, com aquiescência do promotor Antônio Carlos.
Na questão da coleta de informações atuais da demanda de energia elétrica na cidade, os representantes da Elektro disseram que a campanha de conscientização é “responsabilidade de todos”, e que os consumidores podem declarar os dados pelo 0800-701-0102 (ligação gratuita); 0800-701-0155 (para deficientes de auditivos e de fala).
“Vamos ter uma mapa da demanda e da carga na mão e daí proceder as melhorias”, concluiu Paulo Mulato.
