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terça-feira, 23 de abril de 2024

Sem receber rescisão, trabalhadores montam piquete em frente ao escritório da UFN3

25/11/2014 12h06 – Atualizado em 25/11/2014 12h06

Neste momento, um terço dos 150 trabalhadores recentemente demitidos estão na frente do escritório do Consórcio em Três Lagoas, reivindicando pagamento da rescisão contratual, que foi prometida há mais de 20 dias

Léo Lima e Ricardo Ojeda

Em nova leva de demissões o Consórcio UFN3, comandada pela Galvão Engenharia, proporciona novo episódio de descumprimento de contrato de trabalho, deixando agora cerca de 150 trabalhadores, recentemente demitidos, sem receber o pagamento da devida rescisão contratual. Aproximadamente, um terço desse volume de demitidos, que trabalhava na construção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) faz piquete em frente ao escritório do Consórcio, na avenida Ranulpho Marques Leal, em Três Lagoas. A reclamação é unânime: falta de dinheiro para retornarem às suas origens – a maioria veio do nordeste brasileiro.

A reportagem do Perfil News esteve no local e conferiu a situação dos manifestantes, que reclamam o descumprimento do que foi tratado quando foram demitidos. “Disseram que iam pagar no dia 3 [novembro], quando mandaram a gente embora, mas até agora [hoje, dia 25] nada foi cumprido”, colocou o baiano Anderson de Jesus, pintor industrial, que chegou em Três Lagoas em fevereiro deste ano para trabalhar no canteiro de obras da UFN3.

Anderson foi um dos que reclamaram também da fome que estavam passando. “Nos cotizamos do pouco dinheiro que temos e compramos pão, manteiga e refrigerante; com isso estamos nos alimentando hoje”, explicou.

DEMITIDOS E SEM DINHEIRO

De acordo com os manifestantes, no dia 3 deste passado, cerca de 150 dos aproximadamente mil trabalhadores que ainda estavam no site da Fafen, foram alojados em um hotel na cidade por conta da demissão. Conforme os demitidos, a promessa era de que no dia 13 passado iriam receber a rescisão contratual, mas tal fato não ocorreu. Nova promessa foi feita, agora de pagamento no dia 25 (hoje, terça-feira), mas até o período da manhã não foi cumprida.

“Vamos continuar aqui na frente do escritório até que eles paguem a gente; vamos passar a noite, se precisar, e amanhã e depois. Até que cumpram o nosso pagamento”, alertou o potiguar Antônio Batista de Farias, acrescentando que “temos família para sustentar e até agora não mandamos nada [recursos financeiros] para pagar as contas do nosso povo”.

Outro reclamante, baiano de Candeias, sem ser identificado, afirmou que “a situação está crítica; a comida [no hotel, que funciona como alojamento na cidade] vai ser servida até sexta-feira [28]”. Ele concluiu questionando: “a gente vai para onde, sem pagamento da rescisão, sem dinheiro?”.

Os trabalhadores são oriundos de várias partes do país, como Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro. Inclusive, dentre os demitidos existem três-lagoenses.

Veja a manifestação deles no vídeo:


Para receber acerto trabalhistas, colaboradores protestam em frente do escritório da UFN3 (Fotos: Ricardo Ojeda)


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