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Três Lagoas
quarta-feira, 24 de abril de 2024

Acertos dos trabalhadores da UFN3 e salários do funcionalismo público devem girar R$ 30 milhões no comércio de Três Lagoas

19/12/2014 16h31 – Atualizado em 19/12/2014 16h31

Mais de 40% dos trabalhadores demitidos pelo Consórcio são três-lagoenses, o que equivale dizer que cerca de R$ 20 milhões dos quase R$ 50 milhões bloqueados estão ficando na cidade

Léo Lima e Ricardo Ojeda

A expectativa de faturamento em torno de R$ 7 milhões no comércio de Três Lagoas, com referência às vendas durante as festas de fim de ano poderão ser suplantadas pela verba extra oportunizada pelo advento do resgate financeiro conquistado pela Justiça Trabalhista local aos trabalhadores da UFN3, demitidos (principalmente) ou ainda na ativa. Cerca de 40% do pessoal demitido pelo Consórcio é de Três Lagoas. “Mas, isso [movimento de dinheiro] pode ser superado devido às necessidades daqueles [trabalhadores] que são de fora e precisam levar presentes, principalmente, para filhos e outros parentes”, observou Nivaldo Moreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil Pesada (Sintiespav), que liderou ação na Justiça que culminou no bloqueio e conseqüente liberação dos quase R$ 50 milhões, que estão sendo repassados às contas bancárias dos beneficiários.

De acordo com Nivaldo Moreira, dos cerca de 3.500 trabalhadores (incluindo aqueles que já retornaram para os estados de origem) atingidos pela mão da Justiça Trabalhista, 1.400 são três-lagoenses ou da região. “Tem gente que está recebendo por baixo R$ 10 mil, mas existem outros que tem direito a um pagamento ainda maior”, explicou ele, mostrando extrato bancário de um trabalhador que teve direito de receber mais de R$ 21 mil. Entre os direitos trabalhistas estão as verbas rescisórias contratuais, multas (FGTS e 477), vales alimentação e refeição, passagens, entre outros benefícios.

FUNCIONALISMO

Enquanto isso, a Prefeitura de Três Lagoas anunciou o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário, no valor de R$ 3,6 milhões. A administração municipal já havia depositado, no dia 20 de novembro, a primeira parcela, num total de R$ 4,7 milhões, totalizando, agora, R$ 8,3 milhões só desse benefício trabalhista, fora os salários de novembro.

Junto com a verba oportuna do pagamento dos trabalhadores da UFN3, esses recursos da Prefeitura implicam na movimentação de mais de R$ 28 milhões, restando ainda o pagamento dos servidores estaduais e das indústrias como a Fibria, Eldorado, Sitrel, e outras empresas.

“Não somente o comércio deverá ser beneficiado com o pagamento desses trabalhadores da UFN3, mas outros setores, como de transporte de passageiros. Muitos preferem se cotizar e locar um ônibus ou uma van para retornar para suas origens”, lembrou Nivaldo Moreira.

Quanto a sua opinião sobre o trabalho em favor da conquista dos R$ 50 milhões que o Consórcio devia aos trabalhadores, Nivaldo foi taxativo: “foi um trampo [trabalho] gostoso de fazer. O resultado, com esse largo sorriso dos colegas, é gratificante”.

Valores recebidos das verbas rescisórias depositadas nas contas dos trabalhadores variam de R$ 9 mil à R$ 20 mil e deve impulsionar as vendas no comércio local (Foto: Ricardo Ojeda)

De acordo com o presidente do Sindicato, Nivaldo Moreira, dos cerca de 3.500 trabalhadores, cerca de 1.400 demitidos são de Três Lagoas e região, que totaliza um montante de R$ 19 milhões recebidos de verbas rescisórias (Foto: Ricardo Ojeda)

Tão logo ficaram sabendo da notícia trabalhadores foram até o Sindicato para obterem mais informações (Foto: Léo Lima)

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