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terça-feira, 23 de abril de 2024

Delcídio foi vítima de “estelionato eleitoral”

10/03/2015 11h45 – Atualizado em 10/03/2015 11h45

O STF acatou recomendação da Procuradoria Geral da República, que não encontrou nenhuma evidência de envolvimento de Delcídio nos fatos apurados pela Operação Lava Jato e arquivou as denúncias

Assessoria

O senador Delcídio do Amaral(PT/MS) não tem dúvida de que ocorreu “um verdadeiro estelionato eleitoral ” em Mato Grosso do Sul em 2014, quando foi vítima de uma série de calúnias e suspeitas infundadas lançadas por seus adversários durante a campanha, que acabaram prejudicando sua candidatura ao governo. O Supremo Tribunal Federal (STF) acatou recomendação da Procuradoria Geral da República, que não encontrou nenhuma evidência de envolvimento de Delcídio nos fatos apurados pela Operação Lava Jato e decidiu pelo arquivamento das denúncias contra ele.

“Ao longo da campanha de 2014 eu tentei me defender, não só nos jornais, tvs e sites que me caluniavam , mas também na propaganda eleitoral, mostrando que eu não tinha absolutamente nada a ver com as denúncias envolvendo a Petrobras, mas, infelizmente, quando consegui os direitos de resposta a eleição já havia acabado. O STF fez justiça, restabeleceu a verdade e comprovou a tese de que nós e toda a população fomos vítimas de um verdadeiro estelionato eleitoral”, afirmou Delcídio, durante entrevista coletiva concedida na segunda-feira, 9 de março, em seu escritório em Campo Grande.

O senador anunciou que vai processar todos aqueles que ultrapassaram os limites da disputa política e atacaram sua honra e a de sua família.

“Foi uma campanha sórdida , imunda, uma carnificina, não só contra mim, mas contra a minha mulher, as minhas filhas e até a minha mãe, que vive lá no Pantanal. Isso é inconcebível. Por esse motivo, estou acionando a Justiça para que os responsáveis pelos ataques mentirosos sejam punidos como prevê a Lei. E posso adiantar que qualquer indenização que eu venha a receber em função desses processos será repassada a instituições de caridade de Mato Grosso do Sul. Meus adversários só olham para o próprio umbigo e para seus interesses políticos e financeiros. Dessa forma, mesmo que involuntariamente, eles vão ajudar a quem precisa”, observou .

Delcídio aproveitou para agradecer os votos que recebeu em 2014.

“Mesmo diante de tanta lama que me atiraram, 45 % dos eleitores votaram em mim para governador. Por isso eu não posso deixar de agradecer a essas pessoas que acreditaram na minha inocência, comprovada pelo Ministério Público e ratificada pelo Supremo. Aqueles que tiveram dúvida em relação ao meu caráter e a minha conduta em função dessas denúncias e acabaram optando por outras candidaturas poderão agora refletir sobre tudo o que aconteceu em Mato Grosso do Sul no ano passado. Mas eu não guardo mágoa. Estou muito contente, aliviado, feliz, de alma lavada. E vou continuar trabalhando com muita determinação, como sempre fiz, pelo meu estado e o meu país”, comentou.

PACTO

O senador assume nesta terça-feira, pela segunda vez, a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, uma das mais importantes do Congresso Nacional. Na entrevista, ele elencou os assuntos que terão prioridade na pauta da CAE nos próximos meses.

“A situação política e econômica do Brasil é muito delicada. Por isso é fundamental construirmos um pacto não só do governo com a oposição, mas com a participação de diferentes segmentos da sociedade, empresários, trabalhadores, movimentos sociais, enfim, todas as forças vivas que podem tirar o país do sufoco e fazê-lo voltar a crescer em níveis compatíveis com as nossas necessidades. Pela CAE passam os principais projetos da área econômica e eu vou conduzir esse debate com muita serenidade e transparência, procurando dialogar com todos para resolver os problemas do país e defendendo não só os interesses dos sul-mato-grossenses mas de todos os brasileiros”, garantiu.

Em relação aos assuntos de interesse específico de Mato Grosso do Sul, Delcídio pontuou.

“Vamos tentar equacionar definitivamente a convalidação dos incentivos fiscais concedidos a empresas que aqui se instalaram, para afastar o risco desses benefícios caírem , o que prejudicaria ainda mais a nossa economia, além de olhar de forma muito cuidadosa a renegociação da dívida com o governo federal. Mato Grosso do Sul devia R$ 2 bilhões, pagou R$ 5 bi e agora deve R$ 7 bi. Ou seja, essa é uma conta que nunca fecha. Temos que mudar o indexador para que o estado recupere a capacidade de investimento e possa garantir melhor qualidade de vida a todos os cidadãos”, defendeu.

FUTURO

Sobre seu futuro político, o senador preferiu não fazer previsões.

“Tenho mais 4 anos de mandato pela frente. Quero continuar honrando os 820 mil votos que obtive em 2010, além dos que recebi em 2014. Vou continuar ajudando o meu estado naquilo que for importante e trabalhar com o meu partido para produzir politicas de desenvolvimento do nosso país. Qualquer candidatura em 2018 vai depender do que virá nos próximos quatro anos. Sou desapegado. Deus já me deu muita coisa na vida. Se chegar lá na frente e for preciso fazer um redesenho estou junto. Não sou político profissional. Alias, eu não sou político, eu estou político. Permaneço absolutamente tranquilo e nem perco tempo pensando se vou ser isso ou aquilo em 2016 ou 2018. Num tô nem aí pra isso”, concluiu.

(*) Assessoria de Imprensa do Parlamentar

O senador reuniu a imprensa da Capital para falar sobre o arquivamento das denúncias contra ele (Foto: Divulgação)

O senador lembrou que tentou, diversas vezes, rebater as acusações,

Delcídio afirmou que está acionando a Justiça

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