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terça-feira, 16 de abril de 2024

Dirigentes colocam cargos à disposição, e SP pode ter demissão em massa

06/10/2015 16h24 – Atualizado em 06/10/2015 16h24

Na noite de segunda-feira, horas após a briga, Aidar exonerou Ataíde Gil Guerreiro do cargo

Da Redação

Importantes dirigentes do São Paulo, entre eles o vice-presidente geral Julio Casares, irão colocar até quarta-feira os cargos à disposição do presidente Carlos Miguel Aidar. Parte da diretoria do clube, assustada com o episódio da agressão física que causou a exoneração do vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro, não vê mais como ajudar a atual gestão e conversa para que o movimento seja organizado, uniforme e com a possibilidade de uma saída em massa.

Participam da iniciativa, além de Julio Casares, o vice-presidente de comunicação e marketing Douglas Schwartzmann, o vice-presidente social Antonio Donizeti Gonçalves, o diretor administrativo José Alberto Rodrigues dos Santos, o diretor jurídico Leonardo Serafim dos Anjos, o diretor de relações internacionais Eduardo Alfano, e o diretor de relações instituicionais Dorival José Decoussau, entre outros. O diretor social Manuel Moreira já pediu demissão do cargo e confirmou a saída à reportagem.

A movimento une sentimentos de todos os principais departamentos do clube, que querem deixar Carlos Miguel Aidar à vontade para trocar cargos e reconstruir a diretoria a partir de novos nomes. A iniciativa enfraquece Aidar politicamente, cada vez mais isolado de seus aliados. Se as saídas se concretizarem, o presidente sofrerá golpe duro na gestão e dentro do conselho deliberativo do clube, casa em que Aidar se viu enfraquecido na última reunião do conselho, na qual foi feita uma sugestão por uma moção de desconfiança contra a administração do presidente, que já tem assinatura de 67 conselheiros segundo a oposição.

Na noite de segunda-feira, horas após a briga, Aidar exonerou Ataíde Gil Guerreiro do cargo. Segundo relatado por dirigentes, o vice de futebol desferiu um soco contra o presidente durante café da manhã no Hotel Radisson, no Itaim, na zona oeste de São Paulo. Na manhã desta terça-feira, Gil Guerreiro entregou, segundo Aidar, a carta de demissão, mas já havia sido exonerado. Depois do anúncio, o diretor de futebol Rubens Moreno também entregou o cargo e já não faz mais parte da diretoria.

A tempestade política do São Paulo acontece no dia em que a diretoria esperava ouvir do técnico Juan Carlos Osorio o anúncio de deixar o clube para comandar a seleção do México. Osorio tinha como único dirigente próximo o agora ex-vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro. Nesta quarta-feira, o São Paulo possivelmente acordará sem treinador, vice de futebol e diretor de futebol.

A agressão de Gil Guerreiro teria sido, segundo membros da diretoria, o resultado da ira por uma série de discordâncias entre ele e Aidar, das quais fazem parte a conduta do caso Iago Maidana, a saída de Osorio, a escolha do próximo treinador e a demissão do ex-gerente de futebol Gustavo Vieira de Oliveira, há quatro meses.

(*)UOL

Vice Presidente geral Julio Casares (Foto:Reprodução)

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