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quarta-feira, 24 de abril de 2024

“Empresária” conhecida da polícia comandava quadrilha de estelionatários

28/01/2015 14h41 – Atualizado em 28/01/2015 14h41

Coletiva de imprensa marcada para agora a tarde deve revelar o esquema da quadrilha presa hoje de manhã em Três Lagoas

Léo Lima

Uma velha conhecida da polícia, Luciana de Oliveira Sobrinho, hoje com 32 anos, é acusada de ser a comandante de uma quadrilha de estelionatários que atuava em Três Lagoas, falsificando documentos para sacar benefícios sociais de servidores públicos estaduais. Ela e outras cinco pessoas estão presas na 1ª Delegacia de Polícia local, por conta da operação denominada “Stellium 21” deflagrada hoje por vários organismos policiais, inclusive de Campo Grande.

Na ação, levada a efeito pelo SIG (Setor de Investigações Gerais), DECO (Delegacia de Combate ao Crime Organizado), GARRAS (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), e apoio da Delegacia Regional de Polícia de Três Lagoas, foram realizadas três ações de busca e apreensão de dinheiro e documentos falsos; oito veículos apreendidos e quatro imóveis seqüestrados, sendo duas casas, um hotel e uma galeria de lojas em construção.

Dentre os veículos apreendidos estão uma motocicleta Suzuki Yes, uma caminhonete Toyota, um Golf, uma Hilux e um Fiesta.

Daqui há pouco, os delegados que comandaram a operação vão dar entrevista coletiva

ANTECEDENTES

Há mais de três anos, em setembro de 2011, a manda da Justiça, Luciana Sobrinho foi alvo de ação policial, comandada pelo delegado Paulo Rosseto, da 1ª DP de Três Lagoas, que resultou em sua prisão, também por estelionato. Proprietária da financeira Cred Mais, então localizada na Rua Monir Thomé, no Shopping Galeria, ela foi acusada de aplicar vários golpes em clientes.

Na ocasião, a Justiça bloqueou cerca de R$ 600 mil da empresária, mais R$ 3.800 mil e apreendeu um Chevrolet Captiva, avaliado em mais de R$ 100 mil.

Ela foi recolhida ao Presídio Feminino, mas, ao que parece, conseguiu ser colocada, novamente, em liberdade.

Isto, porque, em novembro do mesmo ano, uma nova notícia de prisão de Luciana Sobrinho foi divulgada na mídia. Desta vez, por ação dos policiais da então DIG (Divisão de Investigações Gerais). Segundo as informações da época, após investigações e monitoramento, Luciana, na época com 28 anos, foi presa na avenida Rosário Congro, centro da cidade, quando desembarcava de seu automóvel. Desde que saiu de sua residência ela foi seguida pelos investigadores.

Ela foi capturada em cumprimento a mandado de prisão expedido pelo juiz da 2ª Vara Criminal, onde respondia por crime de estelionato. Novamente, foi encaminhada para o Presídio Feminino, para onde, agora, deverá retornar.

EM ANDRADINA

A ação de Luciana Sobrinho extrapolou os limites territoriais de Mato Grosso do Sul, alcançando plagas paulistas. No dia 13 de março de 2013, informe de mídia que cobre a região de Andradina, em São Paulo, revelava que ela, na época com 30 anos, e uma colega artesã, de nome Tatiana Gelsi Pires, de 31, foram presas acusadas de estelionato.

Conforme informações, na tarde do referido dia, elas foram presas pela Polícia Militar daquela cidade, quando tentavam aplicar golpe de aproximadamente R$ 42 mil em uma agência bancária, no centro de Andradina. Luciana foi detida em um escritório de advocacia próximo do Fórum local. Já a colega, dentro da agência, onde entrou para pagar um boleto bancário falso, utilizando cheque da Caixa Econômica Federal de Araçatuba/SP, em nome de outra pessoa e a favor da empresa Aimoré-Crédito, Financiamento e Investimento.

Presas, elas foram encaminhadas ao 2º DP local, sendo depois recolhidas à cadeia de General Salgado. Os cheques localizados com elas e um veículo foram apreendidos pela Polícia Civil.

Com desconto de 50% do valor total, caso fosse “pago” até o vencimento, a golpista embolsaria os R$ 21 mil caso obtivesse sucesso. Desconfiado, o gerente da agência acionou a Polícia Militar e deteve a acusada. Tatiane disse a princípio aos PMs que estaria “fazendo um favor” a uma amiga. Vendo que a “casa caiu”, ela entregou que se tratava de um golpe, passando o nome e as características da comparsa.

(*) Com sites

Luciana, quando foi presa pela PM de Andradina, junto com uma comparsa, em março de 2013 (Foto: Google)

Selfie de Luciana na beira da Lagoa Maior; ela foi presa em setembro de 2011, por estelionato (Foto: Google)

Depois de ser presa em setembro de 2011, dois meses depois, foi novamente capturada pelo mesmo crime (Foto: Google)

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