21/01/2015 11h01 – Atualizado em 21/01/2015 11h01
O calote que gira em torno de R$ 20 milhões está afetando a economia do município de Três Lagoas. Além dos empresários que não receberam, inúmeros funcionários foram despedidos e não receberam seus direitos
Ricardo Ojeda e Patrícia Miranda
A manhã desta quarta-feira foi marcada com mais um protesto de empresários fornecedores do Consórcio UFN3 que não conseguiram receber pelos serviços prestados. Os participantes do movimento, cerca de 30, se reuniram em frente ao Posto Nelore, onde foi decidido fazer um protesto em frente da entrada do canteiro de obras, da fábrica de fertilizantes nitrogenados, na BR 158, onde a Petrobras está construindo o complexo.
O movimento chegou a paralisar por 20 minutos a entrada do canteiro de obras, na BR 158, mas não causou congestionamento, serviu apenas para expressar o desespero e descontentamento com a situação.
De acordo com um dos líderes, “o movimento é uma demonstração dos empresários que se sentiram lesados pelo Consórcio da UFN3, que prestaram serviços e não receberam”.
A dívida atinge um montante de R$ 20 milhões, situação que impactou a economia local, provocando demissões e fechamento de algumas empresas.
PRÓXIMA REUNIÃO
Segundo José Maria Castilho, que participou do protesto amanhã (22), “amanhã, quinta-feira será realizada uma outra reunião na sede da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas (ACITL), a partir das 11h”. O motivo desse encontro é para definir os próximos passos da classe, que estão insatisfeitas com a situação, que prometem realizar novos protestos.
De acordo com informações, uma outra reunião, desta vez com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja com a presidente da Petrobras, Graça Fostes foi agendada para acontecer no dia 4 de fevereiro próximo, na sede da empresa no Rio de Janeiro. A pauta do encontro será sobre a atual situação que se encontra os empresários fornecedores do Consórcio UFN3.
PARALISAÇÃO
Na segunda-feira (19), os comerciantes bloquearam o trecho da BR-262, em cima da barragem de Jupiá, no período da manhã, com faixas e veículos. O movimento fechou a rodovia impedindo a passagem de veículos que entravam e saiam dos estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo.
