24/05/2016 15h13 – Atualizado em 24/05/2016 15h13
O senador se afastou do Ministério do Planejamento diante da divulgação de um diálogo seu com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado
Da Redação
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) reassumiu o mandato nesta terça-feira (24) e participou da abertura da sessão do Congresso Nacional que discute a nova meta fiscal proposta pelo presidente interino Michel Temer (PLN 1/2016). Ele se afastou do Ministério do Planejamento diante da divulgação de um diálogo seu com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Jucá disse que a nova previsão de déficit nas contas públicas – de R$ 170,5 bilhões – é uma mudança de paradigma em relação a um “governo atrasado”. Segundo o senador, o cálculo tira da conta anterior recursos oriundos de uma eventual criação da CPMF; R$ 35 bilhões em repatriação de recursos no exterior que não entraram; e outras receitas em que houve queda.
– Essa meta fiscal é um número realista, responsável, que tira da conta um superávit fantasma que o governo anterior propôs.
O senador acrescentou que a proposta do governo Temer permite retomar investimentos importantes no Brasil, como a transposição do São Francisco, as adutoras de água no Nordeste, obras em estradas, além de possibilitar mais recursos para a saúde. Também contempla a renegociação das dívidas dos estados e dos municípios, explicou Jucá.
Em relação ao diálogo revelado pelo jornal Folha de S. Paulo, Romero Jucá alegou que não há nada na conversa que não tenha dito anteriormente à imprensa e em discursos no Plenário do Senado. Acrescentou que não fez nenhuma ação para impedir a investigação da Lava Jato.
Jucá voltou a dizer que pediu ao Ministério Público Federal que analise se há algum “crime ou imputação de conduta irregular” no diálogo. Ele disse que voltará a falar do assunto na sessão plenária do Senado nesta quarta-feira (25).
(*) Agência Senado