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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Líderes mundiais discutem receita para crescimento global

28/05/2016 12h03 – Atualizado em 28/05/2016 12h03

Essa demonstração de cortesia mascara um desacordo sobre como gerar empregos e crescimento.

Da redação

Os líderes mundiais reunidos no Japão nesta semana estão confusos sobre como impulsionar o crescimento da economia mundial, que enfrenta uma série de riscos como tensões geopolíticas, a desaceleração da China e a possibilidade da Grã-Bretanha sair da União Europeia.

O Grupo dos Sete países industrializados – EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá – buscou uma abordagem coordenada em uma cúpula realizada na região central do Japão em meio ao desacordo sobre qual é a melhor combinação de políticas em gastos fiscais, estímulo monetário e reformas estruturais.

Os países do G-7 usarão “todas as ferramentas de política – monetária, fiscal e estrutural – individual e coletivamente para fortalecer a demanda mundial e enfrentar as restrições da oferta enquanto continuamos nossos esforços para colocar a dívida no caminho da sustentabilidade”, disse o grupo em um comunicado nesta sexta-feira depois da reunião de dois dias em Ise-Shima.

Essa demonstração de cortesia mascara um desacordo sobre como gerar empregos e crescimento. Alguns apoiam gastos e medidas de estímulo, como o japonês Shinzo Abe e o canadense Justin Trudeau, e outros se inclinam por uma abordagem de disciplina orçamentária, baseada em mercados de trabalho mais flexíveis e um aumento da competitividade, que é a marca registrada da chanceler alemã Angela Merkel.

As diferenças regionais influíram nessas posições. As economias asiáticas estão sentindo o impacto da desaceleração chinesa, os 19 países da zona do euro continuam em dificuldades após sete anos de crise e escassez de demanda e a economia dos EUA está se reanimando.

“Não é uma grande surpresa que não se tenha chegado a uma resposta coordenada a uma dinâmica que é sentida de forma heterogênea na mesa de negociação do G-7”, disse Glenn Maguire, economista-chefe para a região Ásia-Pacífico da Australia & New Zealand Banking Group em Cingapura, por e-mail.

“Além disso, o G-7 obviamente é consciente do ‘efeito de anúncio’ do comunicado oficial”, disse ele. “Em uma situação assim, alertar sobre o sentimento e os riscos negativos poderia se converter em uma profecia autorrealizável”.

Abe, o anfitrião, não conseguiu que o G-7 incluísse um alerta sobre o risco de crise econômica mundial após fazer uma apresentação aos líderes, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, que mostrou a economia potencialmente se transformando em uma crise da magnitude do colapso do Lehman Brothers em 2008.

(*) Uol – Economia

Essa demonstração de cortesia mascara um desacordo sobre como gerar empregos e crescimento. (Foto: Divulgação)

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