04/03/2016 11h36 – Atualizado em 04/03/2016 11h36
Logo nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira equipes de policiais federais atendendo despacho do juiz Sergio Moro levaram o ex-presidente para depor na sala da Presidência da República, no pavilhão das autoridades do aeroporto de Congonhas
Daniela Silis, com informações
A nova fase da operação Lava Jato levou, na manhã dessa sexta-feira (4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto com o seu filho, Fábio Luiz Lula da Silva, conhecido como Lulinha, para depor. Os mandados foram sendo cumpridos pela Polícia Federal e a Receita Federal na casa do ex-presidente em São Bernardo do Campo, no Instituto Lula, na casa e no escritório de Fábio Luís.
Conforme o site do Estadão, a operação, nomeada Aletheia pelo significado grego “busca da verdade”, está sendo feita com base nas investigações sobre a compra e a reforma de um sítio frequentado pelo petista em Atibaia.
Os procuradores, em comunicado que detalha as ações da 24ª fase da operação Lava Jato, segundo a Folha de S. Paulo, diz que há evidências de que Lula recebeu valores do esquema da estatal por meio das reformas do apartamento tríplex no Guarujá, do sítio em Atibaia e por meio de doações e palestras.
MANDADOS
O ex-presidente Lula é alvo de busca e apreensão e de condução coercitiva – quando o investigado é obrigado a depor.
Os advogados do petista, conforme site da Folha de S. Paulo, haviam entrado com pedido de habeas corpus, que evitava o mandado, mas ele só valia para São Paulo. Visto isso, o despacho foi feito pelo juiz federal para prestar depoimento na sala da Presidência da República, no pavilhão das autoridades do aeroporto de Congonhas, segundo informou a coluna Radar da Revista Veja.
Os alvos dessa fase da Lava Jato, além de Lula e Fábio Luis, estão a mulher dele, Marisa, os filho Marcos Cláudio e Sandro Luis e a nora do ex-presidente, Marlene Araújo. Além dos empresários Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. As empresas OAS e Gamecorp também serão investigadas.
CRISE
A possível queda da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após informações de delação premiada de Delcídio do Amaral, fez a bolsa de valores subir 5% e o dólar cair mais de 2% nessa quinta-feira, conforme site da Folha de S. Paulo.
Essa melhora da economia do país mostra para o Brasil como os investidores na bolsa procuram pelo impeachment da presidente. “Investidores passaram a apostar que, com a delação de Delcídio, cresceram bastante as chances de impeachment de Dilma”, afirma Alexandre Soares, analista da BGC Liquidez. Foi o maior patamar desde 24 de novembro do ano passado.