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sábado, 20 de abril de 2024

Menina de 11 anos entrega filha recém-nascida à família de padrasto

19/09/2014 15h41 – Atualizado em 19/09/2014 15h41

Garota diz não sentir ‘nada’ pela filha. Padrasto continua em presídio no município de Cruzeiro do Sul (AC)

Da Redação

A menina de 11 anos, abusada sexualmente pelo padrasto, decidiu entregar a filha, que nasceu no dia 3 de setembro, para a mãe do abusador, que vive na zona rural de Cruzeiro do Sul (AC). De acordo com o Conselho Tutelar, a decisão foi tomada pela família da menor que alegou não ter condições financeiras para sustentar a bebê. A menina ficou apenas uma semana com a recém-nascida.

A menina garantiu não ter nutrido qualquer sentimento pela filha, mas disse que pretende visitar a bebê na casa da avó e acompanhar seu crescimento. “Eu não senti nada diferente não quando a vi. Vou continuar vendo ela, a avó dela não vai ser contra eu ir vê-la, só que não tem como eu criar”, declarou a menor.

A pré-adolescente encontra-se aos cuidados de uma tia que mora na área urbana da cidade, enquanto se recupera da cirurgia cesariana, mas deve retornar para a casa da mãe, na Comunidade Lagoinha, zona rural do município. A tia da jovem, que prefere não se identificar, afirma que a bebê foi entregue com o consentimento da garota e da mãe dela.

“Essa decisão foi tomada por ela, ninguém levou a criança daqui obrigada não, jamais eu deixaria isso acontecer. Ela não conseguia cuidar, e a mãe dela não tem condição financeira para cuidar dessa criança, porque já tem quatro filhos para sustentar. Como ela (a avó paterna) se comprometeu em criar, a família entregou a guarda, pois ela vai fazer o melhor”, acredita a tia.

Preso na penitenciária de Cruzeiro do Sul, o padrasto confessou os abusos e reconheceu a paternidade. Segundo a conselheira tutelar, Régia Santana, quando o caso veio à tona, foi descoberto que a garota não tinha registro de nascimento e nunca havia frequentado a escola. A documentação foi regularizada e a partir do próximo ano, ela deve iniciar seus estudos.

Um exame de DNA ainda será realizado para comprovar a paternidade da criança, que deve receber também o nome do pai na certidão de nascimento.

(*)Com informação de G1

Menina diz não ter condições de cuidar da filha (Foto: Genival Moura/ G1)

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