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sábado, 20 de abril de 2024

Para Fiems, País está em recessão e percentual de crescimento do PIB é duvidoso

28/03/2015 09h18 – Atualizado em 28/03/2015 09h18

O presidente Sérgio Longen destaca que número reforça necessidades de cortes nos gastos do Governo

Assessoria

Apesar de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter informado, ontem (27), que a economia brasileira cresceu 0,1% no ano passado, com o valor total das riquezas geradas no País no período somando R$ 5,52 trilhões, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, acredita que o Brasil está em recessão. “Esse número é, no mínimo, duvidoso porque no nosso entendimento a indústria está em recessão. Porém, de qualquer maneira, o dado demonstra que o Brasil não está no caminho ideal de crescimento. É preocupante, pois, mesmo sendo 0,1%, para não dizer que estamos em recessão, é um número que demonstra a nossa preocupação com as políticas que o Governo Federal tem implantado”, analisou.

Segundo Sérgio Longen, o setor industrial está há pelo menos um ano batendo na tecla de que os cortes nas despesas do Governo Federal precisam ser implantados. “No entanto, o Governo não vem fazendo isso. Os gastos públicos não estão contidos, os custos subiram mais uma vez e, com esses aumentos que estão sendo colocados, menos competitivo o setor vai ficar. Nessa condição, os produtos importados vão continuar entrando no Brasil e o desemprego vai aumentar”, pontuou.

O presidente da Fiems reforça que a economia brasileira parou e o resultado do PIB divulgado pelo IBGE deixou isso claro, sendo a síntese, em última instancia, da falta de dinamismo. “Esse é o símbolo da condução caótica que o Governo Federal promoveu nos últimos anos no País. Para se ter ideia, a presidente Dilma Rousseff assumiu o Brasil crescendo a 7,6% e já no primeiro ano de seu mandato derrubou o crescimento da riqueza nacional pela metade, o índice de 2011 foi de 3,9% e para fechar o crescimento de 2014 ficou em 0,1%”, informou.

Na avaliação do Radar Industrial da Fiems, o quadro infelizmente tende a piorar, 2015 pelo que se viu até agora será marcado por aumento de impostos, encarecimento dos custos produtivos, inflação alta, corte nos investimentos e aumento do desemprego. O País precisa urgentemente de criar uma agenda de crescimento e que tem que partir de uma forte sinalização do próprio Governo Federal, adotando ações que tornem o estado mais eficiente, menos burocrático e, sobretudo, diminuindo o peso de seu custeio. Ninguém mais suporta financiar um Estado tão ineficiente, os empresários e trabalhadores estão em seu limite.

Com o crescimento econômico de 0,1% em 2014, o Brasil ficou na 31ª posição em um ranking do PIB de 34 países. Segundo a lista elaborada pela Austin Rating, o PIB do País no ano passado só não foi pior do que o do Japão (0%), da Finlândia (-0,1%) e da Itália (-0,4%), sendo que a China se manteve na liderança o ranking, com um crescimento de 7,4%, seguida por Índia (7,2%) e Malásia (6%).

(*) Unicom – Unidade de Comunicação e Marketing/Fiems

Prédio da Federação das Indústrias de MS, em Campo Grande (Foto: Arquivo/Fiems)

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