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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Projeto Horizonte 2 avança e Fibria apresenta diferenciais tecnológicos dos pacotes já contratados

13/02/2016 08h41 – Atualizado em 13/02/2016 08h41

Eficiência energética e melhor desempenho ambiental se destacam entre os incrementos adotados na segunda linha de produção da Unidade de Três Lagoas

Da redação

O lançamento da pedra fundamental do Projeto Horizonte 2, que ampliará a capacidade produtiva da Unidade Três Lagoas (MS) da Fibria, marcou o início oficial das obras de construção civil, em 30 de outubro último. Com investimento total de R$ 8,7 bilhões, a expansão da líder mundial na produção de celulose de eucalipto fará a unidade fabril sul-mato-grossense passar do volume atual de 1,3 milhão de toneladas de celulose produzidas por ano a 3,05 milhões, ao construir uma segunda linha de produção com capacidade de 1,75 milhão de toneladas anuais.

“A ampliação da Unidade de Três Lagoas é um marco na história da Fibria, que retoma sua vocação de crescimento com responsabilidade. O início das obras de construção civil é consequência de um projeto muito bem trabalhado, que já está com os principais contratos de fornecimento assinados. É com muito orgulho que estamos fazendo este grande investimento no Brasil, gerando melhoria na qualidade de vida e desenvolvimento para Três Lagoas, para Mato Grosso do Sul e para o Brasil”, afirmou Marcelo Castelli, presidente da empresa, durante a solenidade.

A execução do Projeto Horizonte 2 contará com cerca de 60 fornecedores locais e terá impacto positivo nas finanças públicas, com arrecadação de impostos estimados em R$ 450 milhões durante a construção. A prefeita Márcia Moura afirmou que a presença da Fibria na cidade e o desenvolvimento do projeto de expansão trazem incalculáveis impactos positivos à economia de Três Lagoas, entre os quais geração de empregos, distribuição de renda, arrendamentos e parcerias com proprietários de terras, qualificação de mão de obra, dispersão de tecnologia, respeito ao meio ambiente e desenvolvimento de projetos sociais. “Todos nós ganhamos com esse empreendimento e com sua atuação competitiva no mercado global”, sublinhou a prefeita.

Também presente no evento, Kátia Abreu, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, representou a presidente Dilma Rousseff e leu um discurso escrito por ela. “Em 2009, quando a Fibria inaugurou a primeira planta industrial de celulose em Três Lagoas, começava a ser escrita uma nova história de desenvolvimento da região. Em menos de uma década, Três Lagoas se transformou na capital mundial da celulose, ampliando as oportunidades de negócios e de emprego no município.

“Hoje, ao acompanhar o lançamento da pedra fundamental da segunda linha daquela fábrica pioneira, participamos do início de mais um capítulo dessa história de sucesso. Tenho um imenso orgulho por ter no Brasil uma empresa desse porte, produzindo riqueza, crescimento econômico, gerando empregos e garantindo preservação ambiental”, disse Kátia ao ler as palavras da presidente.

No pronunciamento escrito, Dilma reforçou que, em um momento de ajuste fiscal e de transição como o que vivemos atualmente, “a expansão da fábrica da Fibria torna-se ainda mais relevante e mostra que os nossos empresários não se deixam levar por análises pessimistas e não paralisam suas obras. Mais do que isso, demonstra que as nossas empresas sabem que o nosso país retomará o desenvolvimento”.

Já em discurso próprio, Kátia deu enfoque à segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), estimado em R$ 198,4 bilhões. Uma das novidades importantes para a região é a Ferrovia Norte–Sul, nascendo no Maranhão, atravessando o Tocantins, passando por Goiás e São Paulo e chegando ao Mato Grosso do Sul. “Esse projeto já está em andamento, e recentemente houve 29 manifestações de interesse feitas por projetistas que determinam a viabilidade de um empreendimento.

“O fato de terem surgido 29 manifestações demonstra que certamente é um projeto viável”, disse ela. Ao comentar sobre logística portuária, a ministra afirmou que nove terminais de uso privativo foram autorizados em 2015, chegando a um total de 47 terminais autorizados, desde a mudança da legislação em 2013. “Esses exemplos mostram que não estamos parados; ao contrário, estamos realizando ações concretas muito importantes para a competitividade das nossas empresas e da nossa economia”, enfatizou.

DESAFIO

Reinaldo Azambuja, governador do Mato Grosso do Sul, também reconheceu que o grande desafio atual consiste em colocar em prática projetos que deem mais competitividade aos setores produtivos do Estado, principalmente à viabilidade do transporte fluvial, já que o rio Paraná é fundamental à região e vem passando por dificuldades devido ao período de estiagem. “Precisamos encontrar caminhos para fechar essa equação. De qualquer forma, sabemos que é possível promover diversos avanços nas questões logísticas e estamos tratando esses temas com o governo federal para ampliarmos a competitividade da indústria.”

O governador ponderou que a crise pela qual o País passa não é a primeira nem será a última. “Crises sempre existirão, mas são em momentos como este que as parcerias são ainda mais importantes, para possibilitar a criatividade, trocar impostos por empregos e criar oportunidades de trabalho”, disse, afirmando que o equilíbrio fiscal é a base do desenvolvimento pleno do País.

“Somente por meio de parcerias entre o município, o Estado e o governo federal acabaremos com esse clima pessimista existente atualmente. Vamos superar este período com trabalho, dedicação e políticas públicas efetivas, buscando sempre atender às necessidades da iniciativa privada”, completou.

Como exemplo dessa atuação conjunta, Azambuja citou o benefício fiscal de ICMS, conforme a produção das empresas presentes no Estado. Ele alegou que o mais importante nesse processo de busca de atrativo sem prol do desenvolvimento é criar oportunidades de geração de movimentação econômica.

“A valorização das propriedades, a geração de empregos, o fortalecimento da economia e o incremento da movimentação econômica regional acabam compensando a abertura que o Estado faz com relação ao imposto recebido. Essa é uma lógica adotada pelo governo que vem funcionando muito bem”, disse, justificando o lançamento de um recente programa de recuperação de áreas de pastagem degradadas, que somam 9 milhões de hectares no Estado. “Pela ampla extensão territorial e pela possibilidade de expansão de áreas produtivas, temos condições de ampliar o setor florestal, o setor de grãos, o de carnes e o sucroenergético. Especificamente para as áreas degradadas o governo criou este programa, que isenta parte da produção gerada. São oportunidades assim que possibilitam a Estados jovens como o nosso tornarem-se mais competitivos.”

A celulose produzida pela Unidade Três Lagoas da Fibria é transportada por rodovia até um armazém localizado na própria cidade. De lá, segue por ferrovia até o porto de Santos (SP), de onde é exportada para mais de 40 países dos mercados europeu, norte-americano e asiático.

O escoamento eficaz da produção está entre as prioridades da empresa nesse projeto de expansão. “Embora o investimento em logística seja uma necessidade para quem produz, é também uma oportunidade para quem quer desenvolver novos negócios. O modelo que prioriza um ambiente de negócios mais claro, com concessões e parcerias público-privadas, é o ideal. Acredito que estamos no caminho certo, já que todas as esferas do governo estão trabalhando nesse sentido, a fim de tornar o ambiente de negócios mais favorável aos investimentos privados”, concordou Castelli.

(*) Revista O Papel com reprodução no Celulose Online

Com investimento total de R$ 8,7 bilhões, a expansão da líder mundial na produção de celulose de eucalipto fará a unidade fabril sul-mato-grossense passar do volume atual de 1,3 milhão de toneladas de celulose produzidas por ano a 3,05 milhões. (Foto: Divulgação)

Marcelo Castelli durante discurso na abertura da Pedra fundamental do Projeto Horizonte 2. (Foto: Divulgação)

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