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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Redução na cota de compras, faz comércio da fronteira fechar as portas nesta terça-feira

17/03/2015 11h26 – Atualizado em 17/03/2015 11h26

Comércio da fronteira fecha as portas nesta terça-feira

Um movimento, que acontece simultaneamente em três cidades paraguaias que fazem divisa com o Brasil, entre elas Ponta Porã, paralisou as atividades no comércio

Léo Lima

Três cidades paraguaias que fazem fronteira com o Brasil tiveram as portas dos comércios fechadas, logo no início da manhã desta terça-feira (17). O motivo, segundo os organizadores do evento denominado “Movimiento Fronteras Unidas”, é por conta, principalmente, da redução da cota de compras determinado pelo governo brasileiro, o que diminuiu consideravelmente, segundo os manifestantes, o movimento no comércio da região.

Até os camelódromos estão fechados desde às 7 horas de hoje e só deverão retomar as atividades quando todo o comércio fronteiriço abrir as portas, às 11 horas. Aderiram ao movimento as cidades paraguaias de Pedro Juan Caballero (divisa com Ponta Porã-MS), Ciudad del Este (Foz do Iguaçu-PR) e Salto Del Guairá (Guaíra-PR), esta última próxima a Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul.

A colunista do jornal Diário do Centro Oeste, Regina Khalil registro algumas imagens do protesto. Confira na galeria.

De acordo com o presidente da Câmara de Comércio do Paraguai, Pedro Medina, que reuniu a classe empresarial de Pedro Juan Caballero nesta manhã para explicar a situação, “a redução da cota de $ 300 dólares para $ 150 dólares está prejudicando o comércio na fronteira, inclusive para o lado brasileiro”.

O colega brasileiro de Medina, Eduardo Gaúna, presidente da Associação Comercial de Ponta Porã, confirma tal posicionamento, visto que também o movimento do comércio da cidade cai com a redução de turistas (sacoleiros), devido à queda no poder de compra. “Cincoenta por cento do nosso movimento, principalmente dos hotéis, restaurantes, bares, advém desse pessoal que faz compras no Paraguai”, afirma Gaúna. Ele observa também que o comércio pontaporanense “vive” da venda para os paraguaios.

Tanto Medina quanto Gaúna são unânimes na afirmação de que, ao contrário da redução, o que deveria acontecer é uma elevação no poder de compra, aumentando a cota para U$ 500.

Também advertem que a redução da cota e impossibilidade de movimentação financeira na fronteira possibilita a queda na geração de empregos, demissões, e até incentiva o contrabando e outros atos ilícitos como o tráfico de drogas e armas.


Com as portas fechadas, funcionários dos comércios paraguaios foram às ruas manifestar contra a medida tomada pelo governo brasileiro de reduzir o poder de compras na fronteira (Fotos: Regina Khalil)

https://youtube.com/watch?v=ecriOcqDcOY

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