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quinta-feira, 28 de março de 2024

Sindicalistas protestam contra mudanças nos benefícios dos trabalhadores

02/03/2015 15h32 – Atualizado em 02/03/2015 15h32

Manifestações ocorreram em frente à Superintendência Regional do Trabalho, em pelo menos em 13 capitais

Centrais Sindicais de todo o Brasil se uniram na manhã desta segunda-feira (2) em manifestações de protesto contra as Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio doença e auxílio-reclusão.
Houve manifestações em pelo menos 13 capitais, todas elas realizadas em plena ordem e sem violência, em frente à respectiva sede da Superintendência Regional do Trabalho.

Em Maceió, Alagoas, o ato durou três horas e contou com a participação de 150 representantes da Força Sindical, que entraram no setor de Agendamento do Seguro-Desemprego. “A concentração foi pacífica, inclusive com orientações aos trabalhadores que davam entrada no seguro-desemprego. Fomos aplaudidos pelos trabalhadores e tivemos apoio de todos. A maioria não entende o que o governo está fazendo”, disse o presidente da Força Sindical de Alagoas.
O presidente da Força Sindical da Bahia, Nair Goulart, informou que, em Salvador, a manifestação de uma hora e meia teve também representantes de outras centrais sindicais.

“Estamos muito preocupados com as medidas, porque os trabalhadores correm o risco de perder direitos, o que é crime. A nova lei já está funcionando e isso pode trazer prejuízos para os trabalhadores. Entregamos novamente um documento, reforçando nossa preocupação”, comentou.
Para Wiliam Roberto Cardoso Arditt, presidente da Força Sindical de Sergipe, pelo menos 250 pessoas participaram da mobilização em Aracaju, encerrada ao meio dia.

SÃO PAULO

Acompanhando as manifestações de todo o Brasil, cerca de 300 sindicalistas, segundo a Polícia Militar, se reuniram em frente à Superintendência Regional do Trabalho, na Rua Martins Fontes, no centro da cidade de São Paulo. Na avaliação das Centrais Sindicais o número de manifestantes era o dobro do estimado pela PM.
Por volta das 10h30, eles passaram a ocupar as duas faixas da pista, impedindo a circulação de veículos no trecho entre a Rua Álvaro de Carvalho e a esquina da Rua Major Quedinho, provocando morosidade no trânsito.

Com bandeiras, balões infláveis e discursos em palanque improvisado, os sindicalistas diziam que os trabalhadores estão descontentes com o teor das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que entraram em vigor nesta segunda-feira (2).
O teor dessas Medidas Provisórias determina novas regras para acesso a benefícios previdenciários como abono salarial, seguro-desemprego e auxílio-doença. No caso do abono salarial e do seguro-desemprego, as medidas provisórias estendem a carência para que os trabalhadores tenham direito ao benefício. No caso de auxílio-doença, o prazo estabelecido para que as empresas assumam o pagamento do salário (antes do INSS), passa de 15 para 30 dias.

Para o secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, as mudanças previstas nas MPs são “injustas e recessivas”. Ele disse que os segmentos de trabalhadores que apresentam alta rotatividade, como o comércio e a construção civil, são os mais prejudicados: muitos trabalhadores não conseguiram atingir o prazo de 18 meses de permanência no emprego, prazo mínimo exigido para acesso ao seguro-desemprego.

O líder sindical informou que, esta semana, a CUT e outras Centrais Sindicais vão dialogar com os líderes partidários da Câmara e do Senado para tentar derrubar as MPs. Os sindicalistas esperam que, passado o prazo de validade das MPs, as medidas percam o efeito.

Com informações da Agência Brasil

Protesto é contra mudanças em direitos do trabalhador. (Foto:Divulgação)

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