21.9 C
Três Lagoas
sexta-feira, 26 de abril de 2024

Talento do Santos supera Palmeiras com rivalidade à flor da pele

26/11/2015 08h09 – Atualizado em 26/11/2015 08h09

Insistência de Lucas Lima e Gabriel furam linhas recuadas do Verdão e tiram volante Matheus Sales de jogo marcado por reações de adversários que não se suportam

Da Redação

Arouca puxou Ricardo Oliveira a ponto de levar o atacante ao chão? Jackson acertou o rosto de Ricardo Oliveira propositalmente? David Braz tocou no pé de Barrios antes que o atacante chutasse a própria perna? Lucas Lima deveria ter recebido cartão amarelo no lance da expulsão de seu xará palmeirense? Nem dois árbitros foram suficientes para que a primeira final da Copa do Brasil, entre Santos e Palmeiras, terminasse sem dúvidas e polêmicas.

Luiz Flávio de Oliveira, lesionado no segundo tempo, e seu substituto Marcelo Aparecido de Souza tomaram decisões difíceis numa partida em que o nervosismo imperou. A impressão deixada, aliás, é que os jogadores santistas e palmeirenses não se suportam. Bate-bocas, encaradas e aquele burburinho do campo, dos bancos de reservas e das arquibancadas da Vila Belmiro, a cada som do apito (ou falta dele) do árbitro, enredaram a vitória alvinegra por 1 a 0.

“Vamos jogar”, disseram um ao outro Arouca e Ricardo Oliveira antes que o palmeirense puxasse o santista na área. Pênalti que Gabriel chutou na trave. Os de branco cumpriram o “acordo”. Jogaram. Aquém do que já demonstraram na Vila Belmiro, é verdade. O talento demorou a sobressair, mas se encontrou na dupla formada por Lucas Lima e Gabriel.

Um dos motivos da dificuldade em casa foi a postura da linha defensiva do Palmeiras, que tentou o tempo inteiro se recompor rapidamente e atuou bem recuada para evitar aquele espaço normalmente utilizado por Lucas Lima para enfiar bolas preciosas a Gabriel, Marquinhos Gabriel e Ricardo Oliveira. Tanto nos contra-ataques como nos lances em que seu time estava compacto, o Palmeiras tratou de fechar espaços. Primeiro, Zé Roberto chega à frente de Gabriel. Depois, o Santos toca pra lá, pra cá, gira, e não consegue a infiltração.

A outra medida de Marcelo Oliveira para neutralizar o imbatível Santos na Vila foi o jovem Matheus Sales, 20 anos, para marcar individualmente Lucas Lima, camisa 20 do Peixe e da seleção brasileira. O volante do Palmeiras até fazia boa partida e conseguiu dois desarmes na bola, com autoridade. Mas cinco minutos definiram que ele sairia no intervalo.

Lucas Lima passou a tirar Matheus de sua zona de conforto, recebendo a bola cada vez mais atrás e carregando até o ataque. Primeiro, ele conseguiu deixar o rival para trás. Logo em seguida, Matheus fez falta no campo de ataque e levou cartão amarelo. No lance seguinte, com o peso da advertência, deixou que Victor Ferraz passasse facilmente e criasse a melhor chance do primeiro tempo (além do pênalti perdido por Gabriel). Para fechar a sequência, fez falta em Marquinhos Gabriel. O Santos pediu o vermelho. Luiz Flávio ignorou, Marcelo Oliveira não. Amaral voltou para o segundo tempo. O técnico preferiu piorar o time, mas se garantir com 11.

Para tentar driblar as armadilhas alviverdes, Ricardo Oliveira saiu da área e permitiu que Gabriel e Marquinhos assumissem papéis de centroavante. Às vezes não deu certo, como no lançamento longo de Lucas Lima, no primeiro tempo, que terminou nas mãos de Fernando Prass. Em outras foi preciso. O camisa 9 se fez de morto para Gabriel penetrar – sem que Arouca o acompanhasse – e perder grande chance no início do segundo tempo, depois de outro lindo passe de Lucas.

FOI OU NÃO FOI?

Barrios recebe de Dudu e invade a área. O que importa é essa imagem acima. A perna direita do atacante chuta sua própria perna esquerda, então ele se desequilibra e é tocado por David Braz. Se o zagueiro o atingiu antes dessa sequência, pênalti. Foi a visão do comentarista de arbitragem da TV Globo, Leonardo Gaciba, que explicou:
– O Barrios teve a oportunidade e diminuiu a passada, mas não para cavar o pênalti. Esse “totozinho” na parte lateral de sua perna fez com que ele trançasse as pernas. Eu marcaria o pênalti – afirmou Gaciba. Luiz Flávio de Oliveira não marcou.

QUE É ISSO, XARÁ?

Lucas puxa Geuvânio em contra-ataque e recebe o cartão amarelo que o tirava da final de quarta que vem, no estádio do Palmeiras. Ele estava pendurado. O pior estava por vir. Depois de 20 minutos, Lucas Lima – que também estava pendurado, mas não foi advertido – levou a mão ao seu rosto. A reação foi chutar a bola no xará e receber um óbvio cartão vermelho. Os dois cartões foram mostrados por Marcelo Aparecido de Souza, que substituiu o árbitro Luiz Flávio de Oliveira, lesionado, no segundo tempo.

(*) Globo Esporte

Nem dois árbitros foram suficientes para que a primeira final da Copa do Brasil, entre Santos e Palmeiras, terminasse sem dúvidas e polêmicas.(Foto:Divulgação)

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.