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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Três Lagoas sente acentuada queda nas vendas do comércio

05/03/2015 11h44 – Atualizado em 05/03/2015 11h44

Crise exige “reflexão, cautela e calma, porque não sabemos onde vamos parar”, orienta o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Três Lagoas

Carlos Alberto

O comércio varejista de Três Lagoas, apesar de não possuir ainda levantamento preciso do fluxo de vendas nos dois primeiros meses de 2015, vem sentindo a comprovação dos dados divulgados pelo Estudo do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, nesta quarta-feira (5).

O Estudo do Indicador Serasa revela que o movimento dos consumidores nas lojas em fevereiro recuou 1,0% em relação ao mês de janeiro deste ano, já efetuados os devidos ajustes sazonais.

A situação é ainda mais preocupante, na comparação com as vendas do comércio no mesmo mês de 2014. Neste caso, comparadas as vendas de fevereiro de 2015 com as vendas de fevereiro de 2014, houve queda de 2,8% na atividade do comércio.
Já no acumulado do primeiro bimestre de 2015, a atividade varejista se retraiu 2,1% em relação ao primeiro bimestre do ano passado.

“A hora agora é de reflexão, cautela e calma, porque não sabemos onde vamos parar”, orienta o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Três Lagoas, Sueide Silva Torres.

“Empresas que não estiverem bem estruturadas não aguentarão esta crise”, alertou Sueide, porque, “a cada dia somos surpreendidos com péssimas notícias de aumento de impostos, energia elétrica, combustíveis e outras surpresas negativas que ainda nos esperam”, lamentou.

Por enquanto, o recuo nas vendas não tem provocado demissões no Comércio, “mas todos estamos percebendo a queda do movimento de nossas lojas”, completou.

SERASA EXPERIAN

Segundo os economistas da Serasa Experian, a série de aumentos/reajustes em itens importantes da cesta de consumo (combustíveis, transportes urbanos, mensalidades escolares e outros), a deterioração do cenário econômico reduzindo o grau de confiança das famílias e as altas das taxas de juros e do dólar, impactaram negativamente a atividade varejista durante o mês de fevereiro deste ano.

A queda da atividade do comércio em fevereiro/15 foi determinada pelos recuos de 4,0% no segmento de combustíveis e lubrificantes, de 2,6% no setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios e de 0,8% nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas.

Na direção contrária, o mês de fevereiro/15 registrou avanços de 4,3% na movimentação de consumidores nas lojas de material de construção e de 0,2% no setor de móveis, eletroeletrônicos e informática.

Por fim, o segmento de veículos, motos e peças ficou estagnado em fevereiro deste ano.
No acumulado do primeiro bimestre, os avanços positivos dos segmentos de tecidos, vestuário, calçados e acessórios (+5,4%) e de móveis, eletroeletrônicos e informática (+0,6%) foram mais que compensados pelas quedas de 0,6% do segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, bem como pelas variações negativas expressivas dos setores de material de construção (-16,5%), veículos, motos, peças e acessórios (-11,8%) e combustíveis e lubrificantes (-11,7%).

Com informações Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio

Presidente do Comércio Varejista, Sueide Silva Torres, diz que hora é de cautela. (Foto Carlos Alberto

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