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quinta-feira, 28 de março de 2024

Abril tem pior desempenho na criação de empregos; em Três Lagoas, houve mais demissões

21/05/2014 18h24 – Atualizado em 21/05/2014 18h24

Criação de empregos tem pior desempenho para meses de abril desde 1999

Dados do Caged revelam que no mês passado foram criados no país pouco mais de 105 mil empregos formais; em Três Lagoas, o resultado foi queda acentuada de -5,26% de contratações de trabalhadores com carteira assinada

Léo Lima com informações

Durante o mês de abril, foram criados 105.384 empregos formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número, divulgado nesta quarta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, é resultante da diferença entre as 1.862.515 admissões e 1.757.131 demissões registradas no país durante o mês. No acumulado do ano, foram gerados 458.145 empregos com carteira assinada.

Em abril do ano passado, haviam sido criados 196.913 empregos com carteira assinada. O último resultado pior do que o de abril de 2014 foi registrado no mesmo período de 1999, quando foram criadas 57.543 vagas. Em março, a situação foi parecida. Foram criadas 13.117 postos formais de trabalho: o pior para o mês, desde 1999 – quando foram fechadas mais de 76 mil vagas com carteira assinada. Considerando o período entre 2011 e 2014, o saldo de admissões está em 4.959.039.

Para o ministro Manoel Dias, a situação de pleno emprego e os aumentos reais de salário registrados nos últimos anos explicam em parte a desaceleração. “Uma das razões para a queda no saldo, que continua positivo [ou seja, com o número de contratações superando o de demissões] é o fato de o país se encontrar em situação de pleno emprego”, justificou, em entrevista à Agência Brasil.

Uma outra explicação, segundo ele, foi o aumento real do salário, de mais de 70%, desde o primeiro trimestre de 2003, “e o aumento de 45,99%, durante o mesmo período, no salário de admissão”.

COMPARAÇÃO

O resultado obtido em abril de 2014 (saldo de 105.384 empregos formais) é muito próximo ao registrado em 2009 (106.205 empregos criados), ano em que o país sentiu de forma mais intensa os efeitos da crise financeira internacional. Em abril de 2013, o saldo de novas contratações foi 196.913. No mesmo mês de 2012, o saldo ficou em 216.974; em 2011 foram criadas 272.225 vagas; em 2010, 305.068.

Dos oito setores analisados, sete elevaram o contingente de assalariados com carteira assinada, segundo dados do Caged. O setor que mais contratou foi o de serviços (68.876 novos postos), seguido do comércio (16.569), da agricultura (14.052), construção civil (4.317), administração pública (3.487), dos serviços industriais de utilidade pública (1.040) e da indústria extrativa mineral (470).

“O único setor que registrou declínio foi o da indústria da transformação, com uma perda de 3.427 postos, na comparação com o mês anterior”, disse o ministro. Esse resultado negativo se deve, principalmente, ao desempenho negativo da indústria da produção de alimentos, com 6.712 postos a menos, e da indústria mecânica, que perdeu 4.583 postos no saldo do mês.

NO ESTADO

Segundo os dados do Caged, em abril de 2014, foram gerados 319 empregos celetistas, equivalentes a expansão de 0,06% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Os setores de atividade econômica que mais contribuíram para este resultado foram os Serviços (+898 postos) e a Indústria de Transformação (+521 postos), cujos saldos superaram a retração da Construção Civil (-1.627 postos).

Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, nos quatro primeiros meses do corrente ano houve acréscimo de 7.713 postos (+1,52%).

Ainda na série com ajustes, nos últimos 12 meses verificou-se um crescimento de +2,01% no nível de emprego ou +10.180 postos de trabalho.

Em Três Lagoas, foram admitidos 1.904 trabalhadores e desligados 4.010 – saldo negativo de -2.106 dispensas. Por isso, ficou na 14ª posição no ranking do emprego formal dos municípios de Mato Grosso do Sul com mais de 30 mil habitantes. O primeiro lugar ficou com Rio Brilhante (veja na tabela). (Com informações da Agência Brasil e Caged)

A construção civil apresentou retração no volume de contratações no mês de abril passado, segundo o Caged (Foto: Léo Lima/Arquivo)

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