23.4 C
Três Lagoas
quinta-feira, 28 de março de 2024

Alta do dólar faz gastos de brasileiros no exterior caírem em novembro

20/12/2016 14h51

Segundo o Banco Central, despesas com viagens internacionais tiveram soma de US$ 1,204 bilhão no mês passado, o menor nível desde maio deste ano

Da Redação

A alta do dólar fez os gastos de turistas brasileiros no exterior caírem no mês de novembro. Segundo dados divulgados há pouco pelo Banco Central, as despesas com viagens internacionais somaram US$ 1,204 bilhão no mês passado, o menor nível desde maio deste ano (US$ 1,113 bilhão).

Já no mês de outubro, os gastos com viagens ao exterior tinham somado US$ 1,421 bilhão, o maior nível no ano. Apesar da queda em novembro, as despesas com viagens internacionais continuam superiores aos US$ 971,4 milhões registrados no mesmo mês do ano passado.

Em novembro, o dólar turismo saltou de R$ 3,35, em média, para R$ 3,57. A alta foi motivada pela eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos e pelas expectativas de que o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, aumentasse os juros da maior economia do planeta, o que ocorreu na reunião do órgão na semana passada.

Petróleo

A queda dos gastos no exterior e as exportações de plataforma de petróleo em novembro contribuíram para melhorar o saldo de transações correntes. No mês passado, a conta ficou negativa em US$ 878 milhões, contra déficit de US$ 3,339 bilhões registrados em outubro e déficit de US$ 2,948 bilhões obtidos em novembro do ano passado.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, a maior contribuição veio das exportações de plataformas de petróleo, que ampliaram o superávit da balança comercial para US$ 4,516 bilhões no mês passado. Por causa disso, segundo ele, o déficit em novembro ficou abaixo do previsto pelo próprio Banco Central, que projetava resultado negativo de US$ 1,7 bilhão.

No acumulado de 12 meses, o déficit em transações correntes atinge US$ 20,261 bilhões, equivalente a 1,12% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). No mesmo período do ano passado, o indicador estava em US$ 68,063 bilhões, 3,67% do PIB.

Transações correntes

O saldo em transações correntes é formado pela soma dos saldos da balança comercial e das balanças de
serviços (exportações menos importações de serviços), de renda (conta que engloba pagamento de juros e remessas de lucros e dividendos para o exterior) e as transferências unilaterais (doações de brasileiros que vivem no exterior ou de organizações estrangeiras para o Brasil). O indicador mede a vulnerabilidade do país a crises externas. Quanto menor o déficit, mais sólida é a situação do país.

Caso o resultado das transações correntes fique negativo, o país passa a depender do mercado financeiro e dos investimentos estrangeiros diretos (investimentos internacionais que geram emprego no país) para ter resultados positivos no balanço de pagamentos que segurem a desvalorização do real e acumular reservas internacionais, que servem como seguro do país contra a dívida externa.

Os investimentos estrangeiros diretos, investimentos internacionais que geram emprego no país, somaram US$ 8,752 bilhões em novembro. De acordo com Maciel, o valor também ficou acima das projeções do Banco Central de US$ 6,5 bilhões para o mês passado. Nos 11 primeiros meses do ano, os investimentos diretos totalizaram US$ 63,657 bilhões, alta em relação aos US$ 59,864 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

(*) Agência Brasil

Alta do dólar faz gastos de brasileiros no exterior caírem em novembro

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.