13/02/2016 08h45 – Atualizado em 13/02/2016 08h45
O lixo ao redor da escola Municipal Padre Heitor Castoldi, na Vila Nhanhá – região Sul de Campo Grande
da Redação
O lixo ao redor da escola Municipal Padre Heitor Castoldi, na Vila Nhanhá – região Sul de Campo Grande – não para de aumentar e parte da população está preocupada com as consequências da falta de atitude do poder público. Segundo moradores do bairro, o acúmulo de sujeira no local acontece desde o dia 13 de janeiro, quando a prefeitura fez a limpeza da escola e deixou o lixo na parte de fora do prédio.
“Quem deixou esse lixo aqui foi a prefeitura. E a secretária de educação, Leila Machado, tem coragem de dizer que a culpa é da população”, reclama Paulo Roberto Oliveira, 41, morador do bairro. Apesar disso, ele aponta que “o lixo deixado ali influência na atitude das pessoas, que acabam jogando mais sujeira no local”.
Indignado, ele questiona onde está o dinheiro do governo federal para o combate à dengue e demais doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti. “A prefeitura decretou estado de emergência por causa das doenças, mas onde está o dinheiro do governo?”. Recentemente, o sobrinho de Oliveira, que mora em frente à escola Heitor Castoldi, na Rua dos Peixes, pegou dengue.
“Nossa preocupação é quanto à proliferação do mosquito. As aulas começam na próxima semana e estamos à mercê da sorte”. Conforme o morador da vila Nhanhá, pelo menos quatro pessoas que moram na região foram diagnosticadas com dengue ou Zika nas últimas semanas.
“A coisa está crítica. A prefeitura diz que a limpeza está na programação, mas até agora nada”, comenta José Santarene, 74, que mora no bairro há 20 anos. Em frente à sua casa, na rua Floriano Paulo Correa – lateral da escola -, mais sujeira.
Segundo ele, a situação não é comum por lá. Porém, depois que a prefeitura deixou os entulhos no local, algumas pessoas começaram a jogar lixo doméstico durante a noite, aumentando a sujeira. “Minha preocupação é ficarmos sem luz ou telefone aqui, porque tem gente que coloca fogo no lixo à noite, e as chamas podem atingir as árvores e os fios das redes”.
A assessoria da prefeitura foi acionada e a reportagem aguarda retorno.
(*) O Estado Online
