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Coema da Fiems mostra a empresários opção de destinação de resíduos orgânicos

27/10/2016 08h50

Coema da Fiems mostra a empresários opção de destinação de resíduos orgânicos

A visita foi organizada em uma empresa de tecnologia de compostagem de resíduos orgânicos localizada no Indubrasil, no Núcleo Industrial de Campo Grande

Assessoria

O Coema (Conselho Temático Permanente de Meio Ambiente) da Fiems levou, na quarta-feira (26), empresários para conhecerem de perto uma alternativa na gestão de resíduos orgânicos industriais realizado pela Organoeste, empresa de tecnologia de compostagem de resíduos orgânicos localizada no Indubrasil, no Núcleo Industrial de Campo Grande. “Todo resíduo orgânico, seja resultante do processo de produção ou de refeitórios, precisa ser descartado da maneira que menos impacte no meio ambiente. A transformação em adubo orgânico é um destino nobre para esses resíduos”, declarou o presidente do Coema da Fiems, Isaías Bernardini.

A empresária Silvana Gasparini Pereira, sócia-proprietária da indústria laticínia Imbaúba, acredita que a movimentação generalizada das indústrias em busca de serviços como o da Organoeste é uma questão de tempo. “O problema ambiental do descarte de resíduos existe e é crescente. Trata-se de um cenário completamente diferente do que estamos acostumados e precisamos nos atentar a ele”, comentou, completando que o tema será levado para a próxima reunião do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul).

Já para o presidente do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), Ivo Cescon Scarcelli, o serviço prestado pela Organoeste é extremamente necessário e três plantas frigoríficas do JBS no Estado já destinam os resíduos orgânicos para a empresa. “Temos consciência da importância desse tipo de ação, que denota o comprometimento ambiental das indústrias frigoríficas e ajuda a cumprir a legislação referente à gestão de resíduos sólidos”, pontuou.

A TRANSFORMAÇÃO

Resíduos orgânicos de origem vegetal e de origem animal são condicionados nas dependências da Organoeste e passam por etapas de separação, aplicação da biotecnologia, humificação, nutrificação, solubilização, esterilização, controle de qualidade e beneficiamento. Depois de tudo isso, o fertilizante passa por análise e aprovação do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), podendo ser comercializado.

Segundo o diretor da empresa, Flávio Sérgio Arantes Pereira, as indústrias são responsáveis pela destinação dos resíduos que gera. “Numa frente, eu vendo o serviço de acondicionamento para quem gera o resíduo. Por meio da biotecnologia, eu transformo o resíduo em fertilizante de alta qualidade e, numa segunda frente, eu comercializo o adubo com produtores rurais”, resumiu.

Flávio Pereira ressalta que existe uma tecnologia que pode ser levada até a indústria, viabilizando o serviço para empresas localizadas a grandes distâncias de Campo Grande. “Além disso, temos dois projetos sendo desenvolvidos em parceria com o Senai, para viabilizar a retirada da matéria orgânica do lixo industrial”, comentou, informando que a Organoeste recebe 1,5 toneladas de resíduos por mês e produz de 750 a 1.000 toneladas de adubo orgânico neste período.

(*) Fiems

Resíduos orgânicos de origem vegetal e de origem animal são condicionados nas dependências da Organoeste. (Foto: Assessoria)

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