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terça-feira, 23 de abril de 2024

Coligação pede cassação de Azambuja por Caixa 2 e compra de votos

17/09/2014 14h51 – Atualizado em 17/09/2014 14h51

Um carro do advogado pessoal foi flagrado pela PRF transportando R$ 47,5 mil que seriam usados para atrair ajuda de lideranças políticas de 12 municípios do estado

Da Redação

A coligação Mato Grosso do Sul com a Força de Todos entrou com representação na Justiça Eleitoral pedindo a cassação da candidatura de Reinaldo Azambuja (PSDB), sob denúncia de esquema de compra de votos em troca de apoio político e a utilização de “caixa 2” na campanha, que ocasiona falhas insanáveis na prestação de contas do candidato tucano.

A representação ocorreu após o início da investigação de eventual crime praticado pelo candidato no dia 30 de agosto, em que uma caminhonete pertencente ao advogado pessoal de Reinaldo Azambuja, Alessandre Vieira, foi flagrada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) transportando R$ 47,5 mil, que seriam entregues para cooptar lideranças políticas de 12 municípios do estado.

O veículo era dirigido pelo ex-vereador de Maracaju, Oclilane Sanches, conhecido como Careca e fiel aliado de Reinaldo Azambuja desde a época que o tucano era prefeito da cidade. No veículo viajava também um homem identificado como Renato Ferraz. Juntamente com o dinheiro foram encontradas planilhas com os respectivos contatos e valores para os meses de agosto e setembro, sendo possível constatar que ao lado dos nomes das lideranças existe a anotação “OK”, dando a entender que os pagamentos já tinham sido efetuados.

VALORES

Cada planilha continha ainda a informação do total dos valores pagos em cada município: Jaraguari (R$ 48 mil), Sonora(R$ 5 mil), São Gabriel do Oeste (R$ 7 mil), Rochedo (R$ 6 mil), Rio Negro (R$ 20 mil), Pedro Gomes (R$28 mil), Coxim (R$ 59 mil), Alcinópolis (R$ 20 mil), Camapuã (R$16 mil), Bandeirantes (R$ 58,9 mil), Corguinho (R$ 30 mil) e Rio Verde (R$38 mil). Totalizando R$ 351,9 mil de dinheiro sem origem.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, no depoimento a PRF Oclilane confirmou que “o dinheiro era destinado ao pagamento de despesas de lideranças politicas que apoiavam o candidato Reinaldo Azambuja na Região Norte do Estado”.

Sendo assim, os pagamentos das “lideranças da Região Norte do Estado”, que totalizaram R$ 351,9 mil, já haviam sido realizados, tratando-se a quantia em posse de Oclilane e Renato Ferraz — R$ 47,5 mil — de saldo remanescente, ou seja, sobra de dinheiro.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Ao se analisar a prestação de contas parcial de campanha de Reinaldo Azambuja é possível verificar que nenhuma das “lideranças políticas” que fazem parte das planilhas apreendidas pela PRF teriam tido as despesas declaradas na prestação de contas. Ou seja, Azambuja pode estar utilizando “caixa 2” para conquistar apoio de lideranças políticas no interior do Estado, escondendo os valores na sua prestação de contas.

INVESTIGAÇÃO

Em investigação, a delegada titular de Coxim, Silvia Elaine Girardi Menck, ouviu o vereador de Coxim, Adelson Janúncio (PTB), e ele confirmou que receberia R$ 5 mil de Reinaldo Azambuja. De acordo com a reportagem do site Edição de Notícias, Adelson receberia R$ 5 mil para pagar a estrutura de cabos eleitorais que ele montou para Reinaldo em Coxim. O vereador enfatizou ainda que se existir alguma ilegalidade com a procedência do dinheiro tem que ser cobrado de Reinaldo Azambuja. “Eu não tenho culpa”, garantiu.

Conforme o artigo 30-A, no 2º parágrafo da Lei nº 9.504/97, comprovada captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, caso tenha sido outorgado.

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