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terça-feira, 23 de abril de 2024

Em reunião emocionante, Ademir da Triaço confirma apoio e consolida campanha de Rógerson e Ana à ACITL

03/03/2015 16h44 – Atualizado em 03/03/2015 16h44

O escritório do jornalista e empresário Ricardo Ojeda foi pequeno para a grande emoção que se sucedeu no encontro, após Ademir da Triaço relembrar fatos importantes que marcaram a história da formação da entidade e da própria cidade

Léo Lima

Um começo de semana que não vai mais sair da memória do pequeno grupo que se reuniu no escritório do jornalista Ricardo Ojeda, no final da tarde de segunda-feira (02). Principalmente, para os jovens que se aliaram para concorrer a mais nova empreitada de suas vidas, o comando da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas (ACITL), os empresários Rógerson Rímoli (presidente) e Ana Paro (vice), que se emocionaram com a narrativa de uma das figuras mais expoentes do cenário comercial-empresarial da região, Ademir Célis Gonçalves, o conhecidíssimo Ademir da Triaço.

Além do importante e decisivo apoio dedicado à Rógerson e Ana, conferido na presença do pai do candidato a presidente, o empresário José Paulo Rímoli, o fato de Ademir relembrar tempos de luta em favor do renascimento da Associação, a partir da união dos ainda poucos comerciantes e industriais, foi determinante para que a dupla tomasse para si os ensinamentos de como fortalecer ainda mais a entidade, de forma a, realmente, obter o respeito da classe e promover o desenvolvimento não somente da ACITL, mas também do Município. Aliás, para Ademir, essa também é a finalidade da associação como promotora do crescimento socioeconômico de Três Lagoas.

Atuante na área de metalurgia e comércio de materiais de construção, há 32 anos, Ademir Gonçalves é hoje um dos mais consagrados empresários da região, respeitado tanto pela classe como pela população, por quem tanto fez no passado e ainda concorre para que ações em favor do bem-estar dos três-lagoenses se concretizem ainda mais. “Vejo nesses jovens o espírito dinâmico que todo empreendedor tem, além da visão futurista de quem é da terra e por ela vão lutar; não são jovens aventureiros, mas sim dispostos a realizar, com competência e seriedade, uma gestão que pretenda a excelência na condução dos destinos da Associação”, enfatizou Ademir.

Para ele, que foi um dos baluartes na recriação da ACITL, junto com outros expoentes da época, “a Associação Comercial é um dos pilares para Três Lagoas crescer, ainda mais com uma diretoria ativa e competente, como a que eles [Rógerson e Ana] formaram”.

Ademir, em suas lembranças, contou como, nos idos de 1983 até perto de 1995, um pequeno grupo de destacados comerciantes, onde estavam inseridos ele próprio e o amigo José Paulo Rímoli, conseguiu levantar a Associação e também conquistar várias benfeitorias para a cidade. “Cada diretoria que a gente formava e elegia tinha na união a força para levar adiante a Associação, atrair novos associados e principalmente novos investimentos para o setor. Ao final, o mérito era de todos, não somente deste ou daquele presidente”, explicou.

ESFORÇOS RECOMPENSADOS

A cada colocação da narrativa de Ademir a emoção tomava conta de todos, pegando Rógerson de surpresa e provocando-lhe lágrimas. Em suas recordações, Ademir da Triaço praticamente reviveu os momentos que passou, junto com companheiros como José Paulo Rímoli, Rubens Miranda Melo, Sueide Silva Torres, Leonildo Francisco de Andrade, Osvaldo Messias, Ângelo Possari, e outros que ele não lembra o nome completo, como “Zé Picuá”, Valkir e “Zé Coco”, na reconstrução da Associação Comercial local.

Em 1983, a entidade não tinha ainda sede própria. Segundo Ademir, “Zé Coco” reabriu uma sala na Avenida Olyntho Mancini com a Eloy Chaves, e realugou para funcionar a Associação. “Começamos a correr atrás de associados, pois tinha apenas uns dez ou doze companheiros somente”, situou.

Dentre os benefícios para a cidade, Ademir, buscando apoio da memória também de José Paulo, discorreu sobre o que “faltava” em Três Lagoas. “Não tinha estrada para Campo Grande; tínhamos que ir por Presidente Wenceslau até Presidente Epitácio (SP), e daí a Bataguassu (pela BR-267) até o distrito de Nova Alvorada do Sul (agora Município) para chegar à Capital do Estado”, explicou. “Também não tinha quartel da PM, nem delegacia da Polícia Civil. O quartel da PM [Polícia Militar] funcionava ao lado da Casa dos Parafusos, com apenas duas viaturas velhas. Brigamos para a construção também do 1º Distrito Policial, assim como o quartel dos Bombeiros. Se acontecesse algum incêndio aqui, tínhamos que pedir ajuda na Vila dos Operadores [área da Cesp, em Castilho-SP]”, contou. E a luta pela solução dessas questões foram conquistas também do pessoal da Associação Comercial, conforme Ademir.

“Nem sinal de TV tinha na época”, reforça o empresário, remontando o tempo em que as informações sobre os acontecimentos do Estado “chegavam três dias depois dos fatos”. Ademir lembrou que, pela falta de estrada que ligasse a cidade diretamente com Campo Grande, o transporte das edições dos jornais era prejudicada e “sempre atrasava as informações”. Disse que, para agilizar a chegada das notícias, foi disponibilizado um veículo para buscar os exemplares.

APOSTA NO FUTURO

Outra situação que marcou a reunião foi quando Ademir e José Paulo trataram sobre a importância das ações da Associação na área socioeconômica, mais precisamente na questão do emprego, do aspecto profissional.

A briga daquele grupo sempre foi também por conta da atração de cursos que proporcionassem a profissionalização da mão-de-obra da época. “Nossos filhos estudavam fora e retornavam para trabalhar aqui, mas para quem não tinha essa perspectiva, em Três Lagoas, não tinha muita opção. Não tinha uma escola Senai (área industrial) ou para o comércio [Sesc]. E nós fomos atrás disso e conseguimos”, afirmou Ademir, ratificado por José Paulo, que lembrou ainda do “curso de padaria” que trouxe de Campo Grande, em uma viagem que fez à Capital. Junto às autoridades e diretoria do Senai, finalmente, o curso foi implantado na cidade. “Em um imóvel da Triaço, cedido gentilmente por Ademir, o caminhão do Senai servia como escola aos interessados”, observou Rímoli.

“Hoje, muitos estudam fora e buscam emprego lá, deixando a cidade sem profissional da área por falta de melhores condições aqui. Temos que atrair opções de cursos que possibilitem nossos filhos fique trabalhando em Três Lagoas e com melhores salários. Emprego na nossa época era só no serviço público ou bancário. Hoje, tem várias opções e temos que aproveitar isso, prosseguindo a política de capacitação do conhecimento dos nossos filhos (pessoal da terra) através de parcerias com órgãos que dão apoio à formação de mão-de-obra”, concluiu Gonçalves.

CONSTRUÇÃO DA SEDE

Aproveitando um projeto já pronto, o grupo que recriou a Associação Comercial partiu para a construção da sede, não medindo esforços em angariar recursos para sustentar as obras. “A gente saía pedindo doação no comércio par formar caixa para construir a sede. Tinha comerciante que quando via a gente se aproximar dizia ‘lá vem os pidões’ (risos)”, colocou Ademir.

José Paulo, nesse ponto, fez questão de enfatizar que Ademir, embora fizesse parte do grupo, foi o maior doador da campanha da Associação. “ele doou as ferragens para a construção da sede”, afirmou.

Saudosos, Gonçalves e Rímoli recordaram que a edificação da sede da ACITL teve um detalhe importante: a mão-de-obra vinha do presídio. “Foram os presidiários que trabalharam na construção”, disse Ademir.

Segundo Gonçalves, não havia na época interesse dos lojistas em melhorar o aspecto do comércio à noite. “Incentivamos a instalação de vitrines e iluminação das fachadas para atrair a clientela. Os três-lagoenses iam para Andradina (SP) para comprar suas necessidades”, ex
pôs.

APOIO POLÍTICO

A presença da política na condução dos trabalhos no comanda de uma entidade, necessariamente, não pressupõe ideologia partidária. “Nós recorremos muitas vezes aos políticos para conseguirmos conquistar melhorias para a entidade e para a cidade, mas nunca esse ato pretendeu ação partidária. Mas é necessário o entrosamento com autoridades. Fizemos isso no passado e sabemos que dá certo”, assegurou Ademir.

Conforme ele foi seis anos de labuta para construir a sede. “Além disso, de 12 ou 15 associados da época, em no máximo oito anos conseguimos aumentar para 250 filiados”, conferiu.

E tais premissas, conforme Ademir, são fundamentais para o sucesso da uma gestão que pretenda a união de todos em favor de um bem comum, que é o crescimento da entidade, por meio do respeito aos associados. “A gente tem que escolher um presidente que faça melhor do que já foi feito”, concluiu, afirmando ainda que vai ser um “conselheiro” da administração Rógerson/Ana.

CONFIRA A CHAPA ASSOCIAÇÃO

Diretoria Administrativa:
Presidente – Rógerson Rímoli,
1° Vice Presidente – Ana Paro
2° Vice Presidente – Lourdes Palhares
1° Tesoureiro – Lélis Lúcio
2° Tesoureiro – Maurício Mello
1° Secretario – Patrick Torres
2° Secretario – Pedro Luiz Tavares
Diretor Do SPC – Rodolfo Martins
Diretor De Patrimônio – Márcio Reis

Conselho Deliberativo1° Conselheiro – Higor F. Souza
2° Conselheiro – Ricardo Teraoka
3° Conselheiro – Marcos Ribeiro
4° Conselheiro – Erika Strongren
5° Conselheiro – Manoel Mendes Alves
6° Conselheiro – José Zeca de Oliveira

Suplentes do Conselho Deliberativo:
1° Conselheiro – Nivaldo Franco Bueno
2° Conselheiro – Marcio S. Hirade
3° Conselheiro – Leonildo F. de Andrade
4° Conselheiro – Osmar Francisco De Oliveira
5° Conselheiro – Fernando I. Shiraishi

Conselho Fiscal1° Conselheiro – Dinamérico C. Gonçalves
2° Conselheiro – Wilson Turíbio
3° Conselheiro – Aílton Nogueira

Suplentes do Conselho Fiscal1° Conselheiro – Solange Bernardo
2° Conselheiro – Duílio Fabri
3° Conselheiro – Adenaldo R. Nunes

Ademir, Ana, José Paulo e Rógerson, após o término da reunião no escritório do diretor do Perfil News (Foto: Patrícia Miranda)

As lembranças de Ademir e José Paulo sobre a recriação da Associação Comercial provocou lágrimas e risos aos presentes na reunião (Foto: Patrícia Miranda)

Para Ademir, a união da diretoria é de suma importância para o sucesso da gestão:

Rógerson, atento, ouve a narrativa do experiente Ademir da Triaço sobre a história da entidade (Foto: Patrícia Miranda)

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