29/01/2015 17h12 – Atualizado em 29/01/2015 17h12
Na ação em benefício dos trabalhadores demitidos da UFN3 a juíza Daniela Peruca tem buscado atender, especialmente, os casos em que exigem prioridades
Léo Lima e Ricardo Ojeda
Na entrevista exclusiva que a juíza Daniela Peruca, da 2ª Vara do Trabalho de Três Lagoas, que garantiu o pagamento dos direitos trabalhistas a mais de 3 mil colaboradores da UFN3, alcançados pelo calote do Consórcio no final do ano passado, concedeu ao Perfil News, na manhã desta quinta-feira (29), ficou explícito em suas respostas que os casos onde a mão da Justiça tem que operar com mais iminência são aqueles que beneficiam as mulheres gestantes, os doentes e os que podem penalizar o trabalhador que deve pensão alimentícia.
Segundo a juíza, nesse novo processo de demanda judicial de quase 600 demitidos da UFN3 – de 5 a 19 deste mês -, a análise que ela está fazendo destaca esses casos como prioritários devido, justamente, à excepcionalidade destes.
Um exemplo é a orientação dada a uma gestante para que ajuíze uma ação individual contra o Consórcio. “Por conta de sua condição, com certeza, obterá resultado [pagamento de seus direitos] mais rapidamente”, avaliou Daniela Peruca. Para isso, prosseguiu a magistrada, basta apenas que ele requeira uma liminar para acelerar o processo.
Assim também pode acontecer, ainda conforme a juíza, nos casos onde o trabalhador demitido apresenta alguma doença que comprometa sua integridade física, reiterou.
A questão da pensão alimentícia é outro caso que a juíza se mantém atenta. Se um trabalhador tem obrigação determinada pela Justiça de assistir financeiramente um filho(a), conforme manda a Lei, essa situação é por si só determinante para que o caso seja avaliado como prioridade.
GESTANTE
Junto com o grupo de aproximadamente 50 dos quase 600 trabalhadores do Consórcio demitidos recentemente, que foram até o Fórum Trabalhista hoje de manhã, estava a gestante de sete meses Priscila Lemos Pinto, 36 anos. Assim como os demais, tem questões financeiras a cumprir e não recebeu salário e nem rescisão trabalhista.
Foi ela que procurou ontem (28) a juíza Daniela Peruca para expor seu problema e solicitar solução.
