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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Integrante de grupo que aplicava golpe da mina de ouro é preso após emitir quase R$ 1 bilhão em cheques

18/04/2018 14h14

Prisão foi feita em Brasília, na casa do suspeito, após ele emitir, conforme a PF, quase R$ 1 bilhão em cheques sem fundos, para tentar enganar as vítimas do golpe.

Redação

A Polícia Federal prendeu mais um suspeito de envolvimento nos golpes que prometiam retornos milionários a investidores com ações como a repatriação de corretagem da venda de ouro de uma fictícia mina de ouro na Bahia e a liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional (LTN), tudo mediante pagamento prévio das vítimas.

A prisão foi feita em Brasília, na casa do suspeito, após ele emitir, conforme a PF, quase R$ 1 bilhão em cheques sem fundos, para tentar enganar as vítimas do golpe, que insistiram em receber o retorno prometido com os supostos investimentos. Um dos cheques apresentados pela PF tem o valor de 227 milhões.

A prisão é um desdobramento da operação Ouro de Ofir, desencadeada em novembro do ano passado, a partir de Campo Grande, onde o grupo estava baseado. Na época foram presos Celso Eder de Araújo e seu tio, Anderson de Araújo, além de Sidinei dos Anjos Peró, que se aproveitou do sobrenome igual ao de um delegado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, para enganar as vítimas.

A Polícia Federal acredita que mais de 25 mil pessoas em todo o país foram vítimas dos golpes, que eram aplicados há cerca de dez anos.

O grupo tinha quatro divisões: os líderes, chamados de paymasters; os escriturários, que ficavam encarregados de recrutar os corretores, e estes, que procuravam as vítimas, em redes sociais, grupos de WhatsApp e até em igrejas.

Tentativa de liberdade de outro suspeito

Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski negou um novo pedido de habeas corpus a Celso Eder de Araújo.

Esse foi o terceiro pedido de liberdade negado pelo STF. No despacho, o ministro justificou a decisão argumentando que contra o suspeito existem indícios de autoria dos crimes atribuídos a ele e de formação de organização criminosa. Por isso, para assegurar a manutenção da ordem pública, Lewandowski indeferiu o pedido apresentado pela defesa.

No dia 17 de fevereiro deste ano, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), concedeu uma liminar para substituir a prisão preventiva de Celso e do seu tio, Anderson, por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica de monitoramento, mas dois dias depois, o desembargador Luiz Cláudio Bonassini Júnior, relator do processo no tribunal, revogou a decisão e eles retornaram a prisão.

*G1

Cheque no valor de R$ 227 milhões entregue pelo golpista a uma das vítimas (Foto: PF/Divulgação)

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