21/02/2014 15h45 – Atualizado em 21/02/2014 15h45
Para conter um tumulto que teve episódios de agressão verbal e até troca de socos, o presidente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Mato Grosso do Sul), Júlio Cesar Souza Rodrigues, suspendeu na manhã desta sexta-feira (21) a reunião do Conselho Estadual da OAB-MS
Da Redação
Para conter um tumulto que teve episódios de agressão verbal e até troca de socos, o presidente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Mato Grosso do Sul), Júlio Cesar Souza Rodrigues, suspendeu na manhã desta sexta-feira (21) a reunião do Conselho Estadual da OAB-MS.
Segundo testemunhas, a sessão ficou tensa já no primeiro ponto de pauta, que era a aprovação da ata da reunião anterior. Divergências entre conselheiros que apoiam o presidente eleito e membros do grupo de oposição levaram ao primeiro debate acalorado, que causou uma suspensão temporária, mas acabou contornado.
“Suspendi a sessão por 15 minutos para que os ânimos fossem controlados e até retomamos os trabalhos. Mas, infelizmente, os episódios seguintes foram piores. Finalizei a sessão para que algo mais grave não acontecesse e porque se tornou impossível retomar”, relata Júlio César.
A discrição do presidente não faz jus aos ‘episódios’ relatados por testemunhas. Houve pancadaria, troca de palavrões e até copos voaram durante o tumulto.
DESDE O COMEÇO
Segundo quem acompanhou, o clima estava tenso desde o começo, quando integrantes do grupo que se rebelou contra o presidente teriam começado com posturas de deboche. “Houve ataques desde o começo até a suspensão. Deboches e provocações foram desferidos contra os conselheiros que disseram não à tentativa de golpe”, relata um conselheiro.
Em dado momento, quando o advogado Carlos Magno Couto estava com a palavra, teria sido interpelado por Carmelino Rezende com palavras de baixo calão. Os ânimos se exaltaram e os dois teriam partido para troca de socos. Momento em que o tumulto se instalou, com copos sendo lançados e mesas viradas.
Enquanto outros advogados tentavam separar os dois, o advogado Jully Heyder da Cunha Souza teria partido para o lado dos atracados, derrubado uma das mesas no pé do conselheiro Carlos Saldanha Júnior e agredindo Carlos Magno.
Por telefone, Carmelino admitiu que participou da confusão, mas disse que não se manifestaria. “E uma situação interna”, disse. Já Carlos Magno e Jully Heyder não foram localizados por telefone para falar.
“O clima estava tenso desde o começo. Começou pela pauta, que é desrespeitosa ao presidente e à Ordem. É uma pauta panfletária, pensada para atacar o presidente. Além disso, durante todo tempo, houve risadas e deboches”, relata o conselheiro Gustavo Tolentino, que estava presente e testemunhou tudo.
CONSELHO FEDERAL
Segundo o presidente da OAB-MS, o relato completo do tumulto será encaminhado ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil para ‘conhecimento e providências’. “É vergonhoso para a entidade esse comportamento. Todos os envolvidos diretamente no episódio serão acionados e cobrados com relação à postura ética”, informou.
(*)Com informação de Midiamax