23/09/2014 17h59 – Atualizado em 23/09/2014 17h59
Um dos temas a ser debatido será “a manobra de Kristeller”, que consiste em empurrar a barriga da mulher para baixo, no intuito de ajudar o bebê a descer pelo canal vaginal, ainda comum em muitas maternidades
Assessoria
A assistência ao parto normal, no Brasil, é bastante centrada na atuação dos profissionais de saúde, que têm uma formação que ainda reproduz procedimentos considerados inadequados do ponto do vista do parto humanizado.
Um exemplo é a manobra de Kristeller, que consiste em empurrar a barriga da mulher para baixo, no intuito de ajudar o bebê a descer pelo canal vaginal. Nas últimas décadas, muitos estudos científicos comprovaram que esse procedimento acarreta grande possibilidade de machucar o canal vaginal e pode, até mesmo, ser prejudicial para o bebê. No entanto, a manobra de Kristeller ainda é um procedimento comum no atendimento ao parto normal em muitas maternidades do Brasil.
Para eliminar esse, entre outros procedimentos inadequados no atendimento ao parto, é necessário que os profissionais da área da saúde estejam disponíveis para se atualizar, trocar experiências e modificar a assistência à parturiente.
Estudantes e profissionais da saúde da região são convidados a participar do 2º Simpósio Multidisciplinar de Parto Humanizado de Dourados, uma oportunidade para debater novos paradigmas no atendimento às gestantes, parturientes e recém-nascidos.
UFGD
O evento será realizado pelo Hospital Universitário da Grande Dourados (HUGD) e pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) nos dias 23, 24 e 25 de outubro. O simpósio vai acontecer na Unidade 1 da UFGD (prédio da Reitoria) e tem o apoio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), da Prefeitura de Dourados, da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn/MS).
No dia 23, a cerimônia de abertura do 2º Simpósio Multidisciplinar de Parto Humanizado de Dourados será com o médico obstetra Edson Borges de Souza, apoiador do Ministério da Saúde. Representantes dos serviços de saúde em nível municipal e estadual também participam da solenidade. Haverá apresentação musical com o professor Paulo Custódio, da Faculdade de Comunicação, Artes e Letras (FACALE) – que trabalha correlacionando música, artes visuais e literatura.
No dia seguinte, Edson vai falar novamente, sobre práticas de atenção ao parto e de assistência ao recém-nascido. A professora e enfermeira Sônia Solange palestrará sobre “Educação em saúde pré-natal – protagonismo e empoderamento da mulher e acompanhante”. Por fim, o médico obstetra Alessandro Postal vai explanar sobre “Avanços e desafios para as mudanças de práticas em obstetrícia”. Uma mesa redonda ainda debate o papel de profissionais de diferentes áreas na assistência ao parto, com a presença das médicas Angela Guimarães e Patrícia Camuci, da enfermeira obstetra Janaína Venira e da doula Newelen Garcia.
No dia 25, a médica obstetra Caroline Chiarelli vai fazer um relato de experiência sobre como veio mudando suas práticas de assistência desde a graduação em Medicina. Caroline também vai ministrar uma oficina, no dia 25, à tarde, sobre “Assistência ao parto natural domiciliar e hospitalar”. As demais oficinas que fazem parte da programação do evento também vão acontecer na tarde do dia 25 de outubro.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo sitehttp://www.uems.br/eventos/partohumanizado/. O evento é voltado para profissionais e estudantes da área da saúde e, também, para gestantes, pais e ativistas.
(*) Assessoria de Comunicação Social e Relações Públicas – ACS/UFGD
