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quinta-feira, 18 de abril de 2024

PM e bombeiros iniciam paralisação de alerta de 12h em todo Estado

24/05/2016 16h12 – Atualizado em 24/05/2016 16h12

As Categorias reivindicam reajuste salarial, falta de materiais de escritório e higiene, coletes balísticos vencidos e viaturas sem a manutenção adequada

Ariane Pontes

Policiais militares e bombeiros de Mato Grosso do Sul promovem nesta terça-feira, dia 24, o Movimento Operação Padrão denominado “Dia de Alerta”, que iniciou nesta manhã e terá duração de 12 horas, em Três Lagoas a concentração acontece na Praça Ramez Tebet.

A manifestação é em todo estado, e foi definida após reunião que ocorreu ontem, dia 23, e contou com a participação de entidades que representam os praças, sargentos e subtenentes e oficiais das duas corporações, em Campo Grande.

Em Três Lagoas, por 12 horas, apenas uma viatura da corporação fará atendimento à população, enquanto os outros militares permanecerão no Batalhão para receber orientações.

O movimento é organizado na cidade pela Associação Beneficente dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais oriundos do quadro de Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do Estado de Mato Grosso do Sul (ABSSMS).

De acordo com a associação o “Dia de Alerta” tem como objetivo cobrar a aplicação da correção inflacionária e reajuste salarial. É também um movimento que exige melhores condições de trabalho, equipamentos de proteção individual, reconhecimento e valorização profissional por parte do governado estadual.

REIVINDICAÇÕES

Bombeiros e Policiais Militares de MS estão sem reajuste salarial desde dezembro de 2014 e neste ano o governador ainda não recebeu os representantes das classes para negociação salarial.

Outras reivindicações dos policiais são a falta de material de escritório e de higiene, passando pela administração de quartéis sucateados e inadequados, até a falta de equipamentos de proteção individual. De acordo com a ABSS/MS são inúmeros coletes balísticos vencidos, viaturas sem manutenção adequada que constantemente quebram e são consertadas com o apoio dos próprios policiais e empresários locais.

Além da melhoria em equipamentos e a segurança, eles também reivindicam a reposição salarial acumulada que, segundo pesquisa realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico), corresponde a 14,16%. Essa porcentagem é referente há dois anos sem receber a reposição com índice inflacionado, o que é previsto na Constituição Federal, no artigo 37, inciso 10.

Segundo o sargento Eduardo, do 2º Batalhão de Polícia Militar de Três Lagoas, presidente da ABSS, hoje um policial vai atender uma ocorrência com mais três ou quatro esperando atendimento.

“Hoje estamos brigando para não perder os benefícios que conquistamos, em vez de lutar por mais melhorias. Não estamos fazendo greve, mas precisamos que o governo se paute dentro da legalidade e nos atenda”, explicou o sargento.

Sargento Eduardo, do 2º Batalhão de Polícia Militar de Três Lagoas que representa a ABSS no munícipio durante conversa com as classes.(Foto: Ricardo Ojeda)

Operação Padrão

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