17.2 C
Três Lagoas
sexta-feira, 19 de abril de 2024

Polícia Militar e Bombeiros fazem Operação Padrão nesta terça-feira

23/05/2016 12h52 – Atualizado em 23/05/2016 12h52

Fiscalização e rondas na cidade contará apenas com uma viatura, os policiais pretendem chamar a atenção do governo do Estado para melhorias em equipamentos e reposições salariais durante o movimento

Daniela Silis e Ricardo Ojeda

As corporações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Três Lagoas realizarão, nessa terça-feira (24), a partir das 8h, uma movimentação para sensibilizar a sociedade e o governo em relação à negociação salarial e melhoria em equipamentos. O movimento, que será uma Operação Padrão, tem o objetivo de reivindicar melhores condições de trabalho e segurança aos militares, conforme prevê a Constituição Federal.

Durante este dia, por 12 horas, será disponibilizada apenas uma viatura da corporação para atendimento à população, enquanto os outros militares permanecerão no Batalhão para receber orientações. O movimento em Três Lagoas é organizado pela ABSS (Associação Beneficente dos Subtenentes e Sargentos), porém será a nível estadual e não pretende afetar a sociedade, mas apenas sensibilizar o governo, que não vem dando respostas aos militares, que arriscam as suas vidas para dar retorno à população.

FALTA DE SEGURANÇA

Segundo o sargento Eduardo, do 2º Batalhão de Polícia Militar de Três Lagoas, de acordo com a legislação em vigor os militares estão trabalhando atualmente na clandestinidade, devido aos equipamentos que não estão em condições de uso. “Nossos coletes são vencidos, os pneus das nossas viaturas não estão em condições de uso, muitas vezes uma luz queimada, um giroflex queimado, e nós cobramos isso da população nas blitzes”, argumentou Eduardo.

O sargento ainda disse que mesmo com irregularidades nos equipamentos eles vão às ruas a serviço para dar um retorno à sociedade, que paga altos impostos. “Nós colocamos a nossa vida em risco, mesmo com o colete vencido, para dar uma resposta à população”, afirmou.

MOVIMENTO

Segundo o Tenente Coronel José Aparecido de Moraes, Comandante do 2º BPM, o movimento, que pertence às corporações estaduais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, irá compromete a segurança da população, pois haverá apenas uma viatura nas ruas, porém não é essa a intenção. “Apenas uma viatura estará disponível para atender à população, enquanto os outros militares irão ter orientações dentro do Batalhão”, afirmou.

Conforme o sargento Eduardo, a ação será um Movimento Padrão, diferente de um aquartelamento. “Amanhã nós queremos trabalhar, mas nós queremos equipamentos condizentes com a nossa segurança. Será uma operação padrão na Integra pela Legalizada. Queremos que o governador compre os equipamentos e mande para nós. Nós não estamos nos negando a ir para a rua. O governo tem que cumprir com a totalidade com o que manda a lei”, afirmou.

REPOSIÇÃO SALARIAL

Além da melhoria em equipamentos e a segurança, eles também reivindicam a reposição salarial acumulada que, segundo pesquisa realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico), corresponde a 14,16%. Essa porcentagem é referente há dois anos sem receber a reposição com índice inflacionado, o que é previsto na Constituição Federal, no artigo 37, inciso 10.

Essas negociações já vêm acontecendo há mais de um mês. Foram realizadas diversas reuniões para negociações com o governo e, segundo o sargento, em nenhuma delas o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, apareceu, mandando em seu lugar um secretário. Isso fez com que na última assembleia, realizada no sábado (21), fosse deliberado que os militares não irão mais conversar com secretários, mas sim apenas com o governador.

RESPOSTAS

Caso o governo atenda a negociação, todos os militares das corporações serão beneficiados, desde o soldado até o coronel, sem que haja distinção. E é isso o que é esperado com o movimento, que é a nível de estado. “O governo insiste que não vai cumprir com o acordo e nós queremos que ele nos respeite”

E ele ainda afirmou que essa é a única maneira de fazer com que o governo responda aos pedidos. “Então o que a gente viu é que com policiais já está comprometido, imagina sem os policiais. E é isso o que nós queremos, é que o governo consiga enxergar o que ele está fazendo com a sociedade que o elegeu, inclusive nós funcionários públicos”, concluiu.

Sargento Eduardo, Presidente da ABSS (Associação Beneficente dos Subtenentes e Sargentos) esteve no Perfil News e disse que o movimento deverá prosseguir até o governo do Estado atender as reivindicações da categoria (Foto: Daniela Silis)

Polícia Militar e Bombeiros fazem Operação Padrão nesta terça-feira

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.