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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Tendência de mercado, moda sem gênero é tema da “Oficina da Criativação” do Senai

26/10/2016 08h05

A expectativa é que um universo da moda sem divisão de gêneros seja cada vez mais incorporada pelos consumidores da nova geração

Assessoria

Pode parecer, mas não é de hoje que o mercado da moda revela traços, ainda que tímidos, do fim da separação de itens do vestuário por gênero. Na década de 20, a estilista Coco Chanel ousou criar roupas para mulheres a partir das peças masculinas. A expectativa é que um universo da moda sem divisão de gêneros seja cada vez mais incorporada pelos consumidores da nova geração.

Por isso, a tendência foi abordada no exercício proposto às alunas da Oficina de Criativação, oferecida gratuitamente pelo CTV (Centro de Tecnologia do Vestuário) do Senai de Campo Grande (MS) nesta terça-feira (25/10), como parte do 6º Ciclo do projeto Inova Moda, uma iniciativa do Senai de Mato Grosso do Sul em parceria com o Senai Cetiqt, Sebrae/MS e Sindivest/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação do Estado).

Voltado para empresários da indústria do vestuário de Mato Grosso do Sul, um dos objetivos do Inova Moda é justamente esse: apresentar tendências e novos nichos de mercado, como a moda sem gênero, sustentável e criativa. “Criar por criar não é mais o caminho. Na moda, temos que ser imparciais”, disse consultora de moda Marlúcia Aparecida dos Santos durante a oficina a uma plateia plural, composta pessoas de todas as idades.

Durante a oficina, foi proposto às alunas o exercício de confeccionar uma peça vestível, usando apenas um tecido em forma de retângulo, mas sem realizar qualquer tipo corte, apenas dobraduras, penses e pregas. “O interessante é que, além da criatividade, as alunas estão usando tecido sustentável, de algodão cru, sem qualquer tingimento químico, um processo que polui o meio-ambiente. No momento atual, isso é muito valorizado”, explicou Marlúcia sobre a atividade.

A coordenadora do CTV do Senai de Campo Grande, Hanna Viana, afirma que a tendência unissex, plurissex, gender-bender, agender ou androginia, como são chamadas as peças sem gênero, está presente principalmente nas passarelas das semanas de moda é mais usada por um público específico, que busca constantemente informações de moda, mas há uma tendência de que seja incorporada aos poucos em todo varejo. “A questão do sem gênero está muito em alta nas grandes redes, nas fast fashion e na publicidade. Não significa que o empresário que introduzir a tendência terá instantaneamente um incremento em termos de vendas, mas é importante no sentido de estar antenado”, avaliou.

PARTICIPANTES

Com a mão na massa, as alunas confeccionaram itens da moda sem gênero. “Criamos uma peça versátil, que pode ser usada tanto por homens quanto por mulheres, e ainda, ser ajustada se a pessoa estiver um pouco acima do peso. Hoje muitos homens gostam de usar esse estilo ‘camisão’ com uma bermuda por baixo, enquanto as mulheres podem jogar um cinto e usar como vestido, ou com uma legging por baixo”, disse a empresária Ivaneide Martins de Souza, que tem uma loja de moda evangélica na Capital.

Proprietária do Ateliê de Noivas, Marina Ferreira Garcia decidiu participar das oficinas do Inova Moda para ficar por dentro das tendências. “Noiva é muito exigente”, explicou a empresária, que, acostumada com as modelagens ditas femininas, optou por confeccionar um vestido ajustável para as plus size. “Nossa roupa veste do 36 ao 48, por causa da possibilidade de ajustar a cintura”, pontuou.

PROGRAMAÇÃO:

26/10 – 7h30 às 17h30: Oficina de Desenvolvimento de Produtos (Marlucia Aparecida dos Santos)
27/10 – 7h30 às 17h30: Oficina de Forma (Ana Karol Melo)
28/10 – 7h30 às 17h30: Oficina de Ficha Técnica (Ana Karol Melo)

(*) Assessoria de Comunicação da Fiems

Durante a oficina, alunas confeccionam peça vestível, usando apenas um tecido em forma de retângulo, mas sem realizar qualquer tipo corte (Foto: Assessoria)

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